A Escada de Jacó





E Jacó sonhou: “e eis que uma escada era posta na terra, porque o sol era posto; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela, e eis que o Senhor estava em cima dela”.(Gênesis: 20, 12-13)

Jacó, filho de Isaac e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú.
Narra a Bíblia que Isaac estava velho e sua vista se tinha de tal sorte enfraquecida que ele não podia ver nada. Chamou pois Isaac a Esaú, seu primogênito, e disse-lhe que pegasse suas armas e saísse à caça e, depois que tivesse apanhado algo, que preparas­se dela e levasse para ele co­mer e ser abençoado antes que morresse.

No entanto, ouviu Rebeca a conversa entre Isaac e Esaú e, tão logo este saiu para a caça, chamou Rebeca a Jacó contando-lhe o que ou­vira, aconselhando-o a ir até o rebanho e trouxesse dois cabritos dos melhores para deles preparar a iguaria que sabia ser do gosto de Isaac e, poder assim, em lugar de Esaú, receber a bênção do pai antes que este viesse a fale­cer. E assim foi feito.

Todavia, para que Isaac não notasse a diferença entre os irmãos, vez que Esaú era todo peludo, vestiu Jacó dos mais preciosos vestidos de Esaú e cobriu as mãos e o pescoço com as peles dos cabritos.

Dando pois Isaac a bênção a Jacó, lhe disse: “Eis aqui o cheiro do meu filho, que é como cheiro de um campo bem cheio, ao qual o Senhor abençoou. Deus te dê o orvalho do céu e da gordura da terra, abundância de pão e de vinho. Os povos te estejam sujeitos, e eles prostem diante de ti. Tu sejas o senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se inclinem pro­fundamente na tua presença. Aquele que te amaldiçoar, esse seja amaldi­çoado, e aquele que te bem disser, seja cheio de bênçãos”.

Apenas Isaac tinha acabado de dizer estas palavras e Jacó saído, quando Esaú que, tendo apresentado a seu pai o que fizera cozer de sua caça lhe disse: “Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para tu de dares a tua bênção”.

Após esclarecidos os fatos, perguntou Esaú a seu pai? E tu, não reservaste também para mim alguma bênção?

Respondeu-lhe Isaac: “Eu o constituí a ele teu Senhor; sujeitai-lhe todos os seus irmãos. Estabeleci-o na posse do trigo e do vinho. E depois dis­so, meu filho, que te posso eu fazer?”
Como Esaú chorava, movido de compaixão, lhe disse lsaac: “A tua bênção será na gordura da terra e no orvalho do céu, que cai lá do alto. Tu viverás da tua espada e serás sujeito a teu irmão. E lá virá o tempo que tu sacudas o seu jugo da tua cerviz e te livres dele”.

Por causa desse episódio, con­servou Esaú sempre um rancor con­tra Jacó, que só estava a es­pera da morte de seu pai para se desfazer de Jacó. Como Receba ficou sabendo da in­tenção de Esaú, chamou a Jacó e lhe disse para que se retirasse para Haran, onde as­sistia seu irmão Labão (irmão de Rebeca) e que por lá fi­casse algum tempo até que a ira de Esaú se aplacasse e sua indignação passasse.

Jacó tendo partido de Bersabé, ia para Haran. E como chegasse após o por do sol a certo lugar, onde ele queria passar a noite, pegou numa das pedras, que ali havia; e tendo-a posto por bai­xo de sua cabeça, dormiu ali mesmo. Então viu em sonhos uma escada, cujos pés esta­vam fincados sobre aterra, e o cimo tocava o céu; e os anjos de Deus subindo e des­cendo por esta escada. Viu também ao Senhor firmado no cimo da escada, que lhe dizia: “Eu sou o Senhor Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac. Eu darei a ti e a teus descendentes a terra em que tu dormes. A tua posteridade será numerosa, como o pó da terra; e tu te estenderás ao Ocidente, e ao Oriente, e ao Setentrião, e ao meio dia; e todas as tribos da terra serão bendi­tas em ti e naquele que sairá de ti. Eu serei o teu condutor por toda a parte, por onde fores; e eu te tomarei a tra­zer a este país; e não te deixareis, a menos que não tenha executado tudo o que te prometi”.

Jacó tendo despertado depois do sono disse: “Em verdade que o Senhor está neste lugar, e eu não sa­bia. Verdadeiramente não é isso outro coisa, que a casa de Deus, e a porta do céu. Tendo-se pois levantado logo ao amanhecer, tomou a pedra que ti­nha posto por baixo da cabeça e a erigiu em padrão, lançando-lhe azeite em cima. E pôs o nome de Betel à cidade que antes se chamava Luz. Ao mesmo tempo fez ele Jacó este voto a Deus, dizendo-lhe: “Se Deus for comigo, e me guardar no caminho, por que eu ando, e me der comer, e pano para me cobrir, e eu voltar felizmente para a casa de meu pai: o Senhor será o meu Deus. E esta pedra, que erigi em título, será chamada Casa de Deus: e de todas as coisas que vós me derdes, vos oferecerei o dízimo”.

A escada mística vista por Jacó simboliza singelamente o ciclo involutivo e evolutivo da vida, em seu perpétuo fluxo e refluxo, através de nascimento e morte, a desdobrar-se em hierarquias de seres, potestades, mundos, remos devida e raças.
                   Segundo as tradições maçôni­cas, a escada com esse significado consta de catorze degraus; nos mis­térios persas e indostâmicos ela tinha grande importância e, por isso, em seus templos se erigia uma escada de sete degraus, correspondentes também as sete cavernas iniciáticas. Mas, em realidade, seus degraus são tantos quantas são as virtudes necessárias ao aperfeiçoamento individual e, das quais, as três principais são a Fé, a Esperança e a Caridade, ali simboli­zadas pela Cruz, a Âncora e o Cálice.        

Contam ainda os antigos iniciados que a evolução da alma se operava numa série de sete globos, entre os quais se citavam Saturno, Mercúrio, Vênus, Júpter, Marte, Lua e Sol. Assim, a cha­mada Escada de Jacó tinha e tem múl­tiplas implicações e correspondênci­as, e sua presença na Maçonaria nos recorda perpetuamente a universal lei da evolução e a existência de podero­sas hierarquias cooperando maravilho­samente na sua execução através de milênios e milênios.


FÉ - ESPERANÇA- CARIDADE



O teto de um Templo Maçônico, é a representação da sua própria altura, ou seja ,têm o céu estampado em suas pinturas.. Todo maçom deve ter como objetivo ,alcançar este Céu, o ilimitado, o infinito a certeza de estar se atingindo a própria LIBERDADE. O ELO de ligação ou a estrada a ser trilhada para alcançar tal pretensão, da ESCADA DE JACO. Cada degrau representa. uma etapa de aperfeiçoamento moral e também um grau da Maçonaria Simbólica e Filosófica.

Três são os símbolos que o maçom deve ter sempre em seus corações, e em mente, para se empenhar nessa caminhada.. SÃO ELES: FE, ESPERANÇA E CARIDADE, representados  respectivamente pela CRUZ, ÂNCORA  e TAÇA.

A Fé, representa o primeiro degrau da escada de Jacó, pois ela é a SABEDORIA do ESPÍRITO, sem a qual o Homem nada levará a termo.

A esperança, representa os degraus intermediários, pois ela ampara e anima o espírito nas dificuldades encontradas no caminho.

A Caridade, representa o último degrau, que só será atingido praticando-a, pois ela é a própria imagem dos mais puros sentimentos humanos.







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