Síria: combinados, a 3 guerra mundial começa segunda

Parece bizarro, contudo podemos observar os mesmos expedientes que precederam Iraq em 90, 2000 e por aí vai.

Jogo de informação, o que vitimisa, como já disse a filósofa Hannah Arendt, a verdade em primeiro lugar.

Para alguns a Rússia seria o grande trunfo, mas tudo depende de negócios, os quais nos reles leitores estamos por fora. O jogo sempre se apresenta com dados fatos, a partir do qual se monta o jogo de xadrez. O problema que as premissas que aparecem na mídia nunca são verdadeiras, pois detrás das mídias há interesses financeiros; tem alguém que paga a conta.

Lembrando outro filósofo, Adorno, consiste na faceta mais viva da sociedade, em geral, mas especialmente do capitalismo, não se mostrar; ser trunfada; se esconder. Nesse sentido, nós da blogosfera restamos na especulação, na tentativa de alinhar dados, fazer conclusões.

Somos também vítimas da guerra de informação. Ficamos sem saber como formular nossos juízos. Em um momento parece que será catastrófico, noutro parece que tudo fica por isso mesmo.

Na Túnisia e Égito a coisa se deu de um jeito. Faz sentido, pois no Egito os Militares se mantiveram no Poder, retirando apenas a figura que estava em cena, Hosni Mubarak. Na Túnisia, conhecemos pouco, mas tudo indica que a troca foi possível dado a fragilidade regional dessa ex-colônia francesa, isto é, quanto mais negócios se tem com a metrópole menos alvo de ser trucidada.

A Líbia ao lado das Síria era diferentes. A questão é que o Coronel era antes de tudo um chefe tribal, com seus hábitos peculiares e que em geral escandaliza as aparências ocidentais. O Coronel se preparou contra uma invasão externa. Todos os cidadãos portavam armas e aprendiam a fazer uso já na escola. Fez várias reformas agrarias, mas seu modelo de ruptura com o ocidente não deu seqüência e logo se tornou um barril de petróleo. O assalto da Franca e Grã-Bretanha foram cruciais para se instalar o "governo insurgente", que agora paga todos os pedágios possíveis para seus novos amigos.

A Syria, distintamente de Jordânia, Arábia Saudita, Marrocos, Kwait, entre outros,  não se alinhou ao ocidente. Ainda que França sempre tentou, pois foi uma região dominada pela França após a derrocada do Império Otomano,

A Syriam também não é algo muito distinto, pois comporta em seu interior várias etnias e credos. O governo é um jogo entre esses vários grupos e os métodos para o consenso nunca foram a velha retórica grega, mas a força e ponto final. O que também ocorre nos reinos absolutistas da Arábia, Jordânia, Marrocos, etc.

Enfim, nesse jogo, não dá para sabermos onde tudo vai parar. Lembremos que tratados de não-agressão foram assinados entre URSS e Alemanha para depois serem quebrados. Esperar que Rússia defenda Síria pode ser uma ilusão, na medida que tudo depende de contratos e concessões que os Russos sempre estão atrás.











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