Maçonaria Simbólica



Olho que tudo vê, Igreja Católica Bruxelas Bégica
Olho que tudo vê. Igreja Católica em Bruxelas. Foto Prof. Almeida

Para maçons parece “chover no molhado” dizer que a maçonaria seja simbólica. Contudo, mesmo para os maçons, parece que não seja suficiente tal dito para explicitar do que de fato se trata. Implica dizer que utilizamos símbolos como artifício de instrução, nos dias de hoje seria equivalente aquelas aulas feitas em “PowerPoint”, na qual o atencioso professor fazer “esquemas” e que o público consegue fixar o conteúdo de modo fantástico.

Como lá pelos idos dos séculos XVIII e XIX não havia tudo que conhecemos de informática, talvez apenas o matemático inglês George Boole (1815-64) existisse para inventar a lógica booleana fundamental à computação de hoje, o que a maçonaria soube fazer foi utilizar artefatos simbólicos como técnica de ensino.

Mas vejam bem, a maçonaria não é imagética e sim simbólica. O problema da imagem, caro às Igrejas, nada mais é do que “lembro da piada do professor”, mas não lembro do que ele disse mesmo. Portanto, a maçonaria optou sabiamente por símbolos como artefato de ensino e não imagens. Penso que essa é a postura das Igrejas Ortodoxa e suas iconografias e não imagens.

Portanto, quando você ver um triângulo com um olho dentro pode ter certeza que hoje temos seu correlato na câmera de vigilância de qualquer estabelecimento comercial. Seja no Banco ou na padaria, lá está uma pequena câmera vigiando. O  “olho que tudo vê”, que aliás tem em muitas Igrejas Católica, nada mais é do que uma técnica de vigiar que utilizou os recursos da época. Indo um pouco além do “vigiar e punir”, temática do filósofo francês Michel Foucault, o olhar pode ter outras funções. Saber que se é visto é fundamental para a formação da criança, por exemplo. O olhar da mãe é fundamental para que a criança cresça saudável do ponto de vista psíquico. A própria ideia grega de “genos”(donde gens, genética) referia-se a lugar, família. O indivíduo será definido segundo o lugar que ele é. Donde teremos início do hábito e da ética.

Podemos, então, tomar o “olho que tudo vê” como um recursos didático “trágico” para ensinar uma prática moral. Esse recurso pode também funcionar de um modo negativo, na medida que é impositivo e não estribado na ideia de uma ética que emana do próprio individuo autônomo, governado por uma razão “esclarecida” no estilo do pensamento do Filósofo Kant.


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