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Mostrando postagens de maio, 2013

Seria Freud maçon?

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Xibolete

Descartes nos pregou uma peça!

Sim, o velho Descartes no fez crer popularmente que "eu" sou apenas enquanto "penso que sou". E se penso, só penso o que é representado. Meu pensamento só funciona com imagens, representações, com formas. Res-cogita. Parece-nos, então, que falar de representação ou percepção sem consciência seja um absurdo. Mas e todo nosso inconsciente? nossos sistemas vitais, como coração respiração, porque eles funcionam independente de mim? 

Psicanálise e seus vizinhos: Empiriocriticismo e Convencionalismo

Ernst Mach, Henri Poincaré, Pierre Duhem "Toda a ciência tem o escopo de substituir, ou seja, de economizar, experiências por meio da reprodução e da antecipação de fatos no pensamento". (Ernst Mach) "O físico que renunciou a uma de suas hipóteses deveria estar [...] cheio de alegria, porque desta forma encontra uma inesperada ocasião de descoberta". (Henri Poincaré) "O físico não pode jamais submeter ao controle da experiência uma hipótese isolada, mas apenas todo um conjunto de hipóteses. Quando a experiência está em desacordo com suas previsões, ela lhe ensina que ao menos uma das hipóteses que constituem o conjunto é inaceitável e deve ser modificada, mas nõ lhe indica qual deverá ser mudada". (Pierre Duhem)

Representação sem Consciência, FREUD e LEIBNIZ

Parece uma questão estranha. Mas vamos lá. Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716) A Monadologia de 1714 "A ação essencial das mônada é a representação; sua atividade contínua consiste no esforço de realizar-se, representar-se a si mesma como consciência, adquirir sempre mais consciência daquilo que virtualmente contem em si mesma. As mônadas diferem também quanto à capacidade de representação. A forma mais primitiva, a percepção, compreende uma representação confusa e obscura de si mesma. A forma mais evoluída, a apercepção, consiste na representação clara e distinta de si mesma, ou consciente." FREUD I - Justificação do Inconsciente "Assim teremos razão para modificar a inferência sobre nossa própria pessoa: ela não demonstra uma segunda consciência em nós, mas sim a existência de atos psíquicos privados de consciência." (pag. 107. V. 12 - tradução de Paulo Cesar de Souza. Cia das Letras)

Memória

Quem já não fez um curso de mnemotécnica? Se o curso foi bem feito, você deve lembrar de algo? Afinal, era de lembranças o curso. rssss Enfim, com os "pc's e mac's" e as parafernalhas de coisas eletrônicas estamos perdendo a necessidade de pensar na memória. Aliás, já com a cultura da escrita, em substituição da cultura oral, essa perda de memória foi ganhando contornos. Esse distanciamento da memória pode ser posto junto com outros esquecimentos. O ser urbano não pensa, por exemplo, na importância das sementes. Isto mesmo, sementes de arroz, milho, feijão, tomate, etc.... A memória e seu esquecimento pode ser posta junta desses outros esquecimentos. Voltando no tempo temos alguns nomes importantes para a arte da memória. Mais recente temos Frances Yates, que nos remete a Giordano Bruno e toda uma história dessa arte. O Livro que sugiro para começo de leitura é "A Arte da Memória". Fances A. Yates. Trad. Flavia Bancher. São Paulo: Editora Unicamp.

Saber versus inveja

Qualquer iniciativa de disseminação do saber sofre com dois fantasmas. A inveja e a vulgarizaçao. Alguns movidos pela inveja apregoam que qualquer iniciativa é não só vulgar, mas profana. O saber nesse caso ganha contornos de sagrado e, portanto, deve ser mantido longe do lugares e pessoas não-sagradas. Contudo, tal vertente serve como esconderijo da inveja, como esconderijo do jogo de poder implícito no deter um saber-poder. Resta ainda o fantasma da vulgarização. Popularizar, falar mais fácil, fazer esqueminhas e, o maior terror, show-aula. Não sei o que é pior

Audiência do blog amf3

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Verdade chocante: o periquito não é verde!

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"A natureza ama esconder-se" physis  kryptesthai philei -  Heráclito " Deveríamos respeitar mais o pudor com que a Natureza se esconde por trás de enigmas e de incertezas brilhantes". (Nietzsche, A Gaia Ciência, Prefácio, $4) O periquito não é verde.

Heidegger Urgente: Introdução a um novo pensar. Oswaldo Giacoia Jr.

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"A filisofia do século XX pode ser dividida entre antes e depois de Martin Heidegger (1889-1976). Sua obra é uma das mais complexas e fundas meditações sobre o destino do homem, após terem sido jogados por terra tanto os alicerces da religião e da metafísica quanto os do próprio humanismo. " Quarta capa

Giordano Bruno e a tradição hermética

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Les langues ocultes de la Renaissance

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Jacob Boeme: De la Signature dês Choses

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Jacob Boehme

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Hermes

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Hermès Trismégiste I

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Le Zohar: tome i

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Scholem: la mystique juive

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Gershom Scholem: le Nom ét. Lês symboles de Dieu

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Papus: La Cabbale

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O blog AMF3 dedicará alguns post na divulgação de obras; fonte que o leitor poderá consultar para a sua formação pessoal.

Freud. As pulsões e os destinos das pulsões (1915)

A citação é longa, contudo nos coloca de modo claro em que sentido Freud escutava. Como ele articulava seu trabalho de produção. Parece-me que a escuta psicanalítica guarda ainda hoje essa marca de coleta, de escuta do fenômeno "outro"(analisando).  "Frequentemente ouvimos defender que uma ciência deve ser construída sobre conceitos fundamentais claros e nitidamente definidos. Na realidade, nenhuma ciência começa com tais definições, nem mesmo as mais exatas. o verdadeiro começo da atividade científica consiste muito mais na descrição dos fenômenos, que depois são agrupados, ordenados e relacionados entre si. Já na descrição não se pode evitar a aplicação ao material de certas ideias abstratas, que são retiradas de algum lugar, e não certamente apenas da nova experiência. Tais ideias - os posteriores conceitos fundamentais da ciência - são ainda mais indispensáveis na ulterior elaboração do material. Inicialmente elas têm de trazer em si uma certa medida de indeter

Vocabulário da Psicanálise: Laplanche e Pontalis

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"Verbete: Análise Direta Método de psicoterapia analítica das psicoses preconizado por J. N. Rosen. Seu nome é tirado da utilização de "interpretações diretas" fornecidas aos pacientes e que se caracterizam do seguinte modo: a) incidem sobre conteúdos inconscientes que o sujeito exprime verbalmente ou não (mímica, posição, gestos, comportamento); b) não exigem a análise das resistências; c) não recorrem necessariamente à mediação de elos associativos. Este método compreende, além disso, uma série de processos técnicos destinados a estabelecer uma estreita relação afetiva, de "inconsciente a inconsciente", na qual o terapeuta "deve tornar-se para o paciente a figura maternal que não cessa de dar e proteger". (p.25)