Chove em São Paulo Capital, mas falta água



Um exemplo de ideologia pode ser tomado na própria cidade de São Paulo. Ideologia seria por assim dizer ideias que habita nossas mentes para encobrir outras ideias. Seria como que falsas ideias e mesmo a omissão de outras. 

Nesse caso é comum que os meios de comunicação dominantes consigam “criar" um realidade. Seja ela pessimista ou otimista. Para piorar, as mídias em geral ou as empresas de comunicação tem uma relação muito específica com as empresas, logo, tal relação se mostram perigosa em todo o mundo ocidental. 

Certamente você já conheceu aquele pequeno jornal de interior. Onde o moço que ‘vende’ anúncios vai de comércio em comércio ver se o dono quer estampar a sua “loja" no “jornalzinho” da cidade. Suponhamos que o dono da padaria resolveu anunciar. No dia seguinte depara com uma matéria nesse mesmo jornal dizendo que na sua padaria tem uns cachorros que ficam dentro da loja e que isso não é legal. (Os cachorros dentro da loja eu vi em São Tomé das Letras) 

Claro, caro leitor, o dono da padaria não irá anunciar no mês seguinte. Contudo, o dono do jornal vive de quê?  

Assim é a mídia em todos os lugares. Ela precisa do dinheiro da inciativa privada; e se ela falar mau perde a grana. Logo, temos que desconfiar da mídia tradicional. A grande novidade é que estamos na época das “redes" sociais e dos blog`s. O problema é que um blog não tem a mesma credibilidade do que uma Folha de São Paulo, logo, as instituições de informação ainda continuam a ter o seu lugar em ditar o que é a verdade. 


Assim, tomemos São Paulo Capital. Chove por esses dias, como choveu hoje nesse domingo 29 de novembro. Contudo, a crise da água em São Paulo, a mega cidade, continua. Em momento algum temos uma capa da Veja dizendo algo; a folha não estampa em letras garrafais “Chove, mas PSDB não explica falta d`àgua”; e por aí vaí. 

Ao conversar com as pessoas elas não soltam: "nossa a falta d’água é dose”; O que podemos ver, portanto é como a mídia nesse momento está preocupada em satanizar o PT. Em todos os noticiários podemos ver a miríade de referências negativas à política e como tudo isso é culpa de um único partido. 

Tal lógica já foi estuda por ex-membros da Opus Dei (veja aqui) e consiste em chegar a um mesmo ponto não importa a premissa lançada. Assim, a falta de água é um problema do PT; mas o PSDB está no governo de SP desde muito tempo, “é, mas político não presta…”. 


Logo, estamos estamos vendo, talvez de um modo nunca visto na história desse país, como a classe dominante, que em geral luta entre elas mesma, está unindo esforços para se recolocar como classe de privilégios. Tal expediente sempre existiu, mas fartamente documentado pelas mídias conservadoras é a primeira vez na história. Podemos hoje documentar em volumes documentais(revistas, jornais, telejornais, etc) tudo isso. 

Tal “pautamento” (pauta; ato da mídia em determinar o que vai ser falado; e o que não se fala e omite por interesses) é didático para as gerações futuras. Pena que em pleno calor dos fatos as classes que serão afetadas de modo negativo não consigam fazer tal leitura. Sim, a ditadura militar não chegou em muitas cidades lá de minas; o povo simples não sabia o que era isso;  e hoje, mesmo com a internet o povo está no meio dos fatos e não consegue ver; não consegue avaliar os riscos que várias conquistas democráticas estão correndo com tais “alienações”. 

O povo não tem tempo? Creio que não, pois o tempo que lhe resta é passado dentro dos ônibus ou vendo as novelas. 






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