Postagens

Filosofia e Maçonaria

A tese principal que motiva a associação de maçonaria e filosofia vai muito além de coincidências e interesses profissionais. Todo o material utilizado na formação maçônica é recheado de filosofia, muito mais do que elementos de Direito, outro assunto que as vezes parece coincidir com temas maçônicos na medida que há muitos advogados maçons. Nesse sentido os argumentos de que há proveito entre Filosofia e Maçonaria começam pela ideia de Nietzsche de Educação trágica.  Aquela forma de desenvolvimento humano que consegue ir além da razão ou do "eu penso" cartesiano. Outro aspecto que consolida essa aproximação decorre dos próprios conteúdos expostos nos Ritos(material pedagógico). Em geral recheados de filosofia de Platão, Aristóteles e, sobretudo, Iluminismo e Positivismo comteano. Portanto, o maçom irá se alegrar ao saber que autores como Fílon de Alexandria ou Plotino "eram maçom"(brincadeira). Pois seus temas são aqueles que vemos de modo muito "raleado&

O Rito Escocês ou REAA

O Rito Escocês é um material didático utilizado pela maçonaria como forma de orientar os trabalhos em Loja. A exemplo das escolas ordinárias de educação básica que utilizam este ou aquele material didático o mesmo acontece na maçonaria. Portanto, a expressão rito nada mais é que uma fórmula padrão para orientar as reuniões. A exemplo de um missal da Igreja Católica Romana. No caso da a maçonaria brasileira convencionou-se trabalhar com alguns "materiais didáticos" que são Rito de York, Schroeder, Rito Escocês, Moderno e Adoniramita.  Existem algumas variações entre eles, como um Rito Brasileiro, o Rito de York Americano(USA). A grande sabedoria histórica desses materiais foi ter conseguido administrar o interesse de todo mundo em montar seu rito, seu material didático. Conseguiram, ao longo do tempo, fazer com que apesar de vários ritos veicular uma base filosófica de formação unificada. No caso do Brasil o Rito Escocês é o mais adotado. Chegando a quase 90% das lojas

Tradicionalistas

É   corrente entre aqueles que se dizem “tradicionalistas” a ladainha de que o presente está perdido. “Assim não dá”, tudo está perdido, corrompido. E continuam eles: “está política que está aí não me representa”, etc... Pouco porém sabem de duas coisas. Primeiro, faz parte da própria ideia de Tradição, naquilo que é seu senso comum, de que no passado primitivo tudo era melhor, pois lá o homem estava em pleno contato com Deus. Depois, tudo o que fizemos foi corromper as coisas boas de Deus. Nesse sentido, as tais sociedades Tracionais tendem em matar o presente com seus “passados”. Passados, que logo veremos, serem meros constructos do presente. Fazendo com que um tuaregue ou um paulistano tenha ideias muito distintas de Tradição. O outro ponto, especialmente aos Tradicionalistas inseridos no mundo moderno, é que tais paladinos da perdição dos dias atuais não perdem tempo em utilizar todos o inventos modernos, época que amam descer o pau. A começar pela medicina. Certamente

Maçonaria Revelada

A falta de criatividade nos títulos de livros destinados a maçons parece-me um sintoma da qualidade da capacidade de leitura dos compradores de livros. Se fizermos uma pesquisa nas poucas editoras dedicadas ao tema certamente teremos a incidência, na composição dos títulos, das palavras: "Segredo", "revelação", "revelando", "secreto", etc. Mesmo aqui no Blog/site que conta com vários tipos de textos notamos que temas "polêmicos" são os mais acessados. A questão é saber se a curiosidade inicial passa para outras leituras e níveis de profundidade. O que fica difícil de aferir, pois carecemos de pesquisa empírica. Restando-nos apenas a sensação, no contato com pessoas pertencentes ao grupo, de que não há um segundo movimento de leitura. Sempre são raros aqueles que se dedicam a usufruir do histórico e método filosófico dessa modalidade de sociabilidade. Esse blog/site se pretendeu, considerando a ideia de educação trágica em Nietzsc

Revista de Estudios Históricos de la Masonería Latinoamericana y Caribeña

Excelente Revista Acadêmica de Estudos da Maçonaria Latino Americana e Caribenha. http://www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/REHMLAC/about/history REHMLAC, Revista de Estudios Históricos de la Masonería Latinoamericana y Caribeña  es una publicación electrónica académica multidisciplinaria semestral, que nace para la difusión científica de la masonería latinoamericana y caribeña.  REHMLAC  es parte del Programa de Estudios Históricos de la Masonería y Sociedades Patrióticas en Centroamérica, inscrito en la Escuela de Estudios Generales de la Universidad de Costa Rica (UCR). Este programa, a su vez, forma parte de una red académica, que incluye: 1.      Casa de Altos Estudios Don Fernando Ortiz, Universidad de La Habana, Cuba 2.      Centro de Estudios Históricos de la Masonería Española (CEHME), Universidad de Zaragoza, España 3.      Departamento de Filosofía, Universidad Centroamericana "José Simeón Cañas" (UCA), El Salvador 4.      Freemasonry and Civil Society

Filosofia PUC SP

"No ano de 2008, o Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo comemorou os cem anos da criação de seu curso de Graduação em Filosofia. A história desse curso remonta ao primórdio do ensino e da pesquisa em Filosofia no Brasil, quando da fundação, em 15 de julho de 1908, da Faculdade Livre de Filosofia e Letras, cujo primeiro diretor foi Dom Miguel Kruse, abade do Mosteiro de São Bento. Trata-se, assim, do primeiro curso de Filosofia do Brasil, e o único existente no país até a década de 1930, momento em que se funda a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras  Sedes Sapientiae , cujo curso de Filosofia foi o primeiro a ser oficialmente reconhecido no Brasil, em 1933, um ano antes da criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Em 1940, a Faculdade Livre de Filosofia e Letras é oficialmente reconhecida e passa a chamar-se Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento. Em 1946, esta última associa-se à Faculdade Paulista de

Médicos e maçonaria

Na Idade média existiam as guildas. Entre elas a de construtores, portanto maçons, já que é o termo francês para  a profissão. As confrarias foram muito importantes em um período e o fiasco em outro. Primeiro serviu de lugar de transmitir e cultivar o conhecimento. Então a guilda dos padeiros transmitia e cuidava para que o pão fosse melhor. O artesão de madeira a mesma coisa. Porém, depois de vários séculos, esse guetos passou a ter tanto prestígio que se desleixou. Logo, passou a exercer poder, conquistado ao longo de muito anos e por méritos, para conter a todo custo qualquer coisas que não fosse o deles. O que acarretou na perda de qualidade. Os médicos de hoje se assemelham. Para garantir a qualidade do atendimento médico é preciso rigor. Sistema sério de formação, profissionais em constante treinamento, condições para o trabalho. Ótimo, depois de algumas décadas, no caso do Brasil, a coisa parece ter chegado no mesmo estágio das Guildas. O que importa é garantir privilégio