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Os colégios maçônicos e seus assemelhados: falta de criatividade!

Quem não lembra dos filmes de Bruce Lee? Em geral tinha sempre disputas entre as escolas de Kung Fu, e as brigas eram a parte central do filme. Certamente estou resumindo demais os dramas envolvendo o artista, pois minha ideia aqui é apenas tomar as brigas entre escolas e a forma como elas terminavam como argumento.  Em matéria de escolas não científicas e que mais se assemelham ao que o filósofo Nietzsche denomina de "educação trágica” temos a maçonaria, além da própria missa católica.  Porém, na maçonaria e mesmo no seio das Igrejas cristãs acontecem algo parecido com as escolas de Kung Fu, a razão sede lugar para disputas às vezes físicas.  Tudo bem que em maçonaria as disputas ficam apenas nos protestos escritos e aqui acolá em “bate-boca”.  Se Nietzsche achava interessante uma educação que incluísse o lado emotivo (Dionísio), esqueceu que as emoções também levam à chamada “vias de fato”. Porrada.  Pois bem, depois desse preâmbulo quero fazer uma lista:

Ricardo Semler: um novo Ivan Illich?

Hoje, 28 de abril, leio uma resenha de Ricardo Semler no diário conservador de São Paulo. Sem rodeios seus argumentos sinalizam pelo fim da Escola como conhecemos, a qual, aliás, ele a chama de instituição medieval. Ao ler a resenha não posso deixar de lembrar de Ivan Illich . Notável Padre da Igreja Católica e detentor de uma vasta cultura, figura que Rogério Ignácio de Almeida Cunha, um grande amigo, conheceu pessoalmente. Considerado um polimata, transitando da matemática à filosofia, passando pela ciências da natureza e com escritos em medicina(Nêmesis da Medicina)  tem em comum com Semler (ascendência) o fato de serem austríacos e apregoarem a escola como problemática. Certamente tais aproximações são forçadas e reducionistas de ambas as figuras em questão, mas tais rascunhos me vieram à mente após ler o artigo de Semler. O discurso de Semler nesse caso está muito próximo ao autor de uma "Sociedade Descolarizada" ou do livro de seu discípula "A Escola Está Mort

Jornal da Cultura: onde se vende livros

O Jornal da Cultura, TV pública aqui de SP, virou um lugar estranho. Por isso mesmo passei a ver o Repórter Brasil. A primeira estranheza são os comentaristas; que mais parecem estarem preocupados em se mostrarem para depois venderem livros. E a ideia de convidar tais comentaristas os colocam em uma sai justa; pois quando o assunto foge à sua praia comentar o quê? Ademais, entre eles tem um que está próximo à aqueles pregadores da Praça da Sé ou de qualquer praça das cidades brasileiras. No caso, suas predicas são para condenar o capeta, no caso o PT, e louvar o senhor, no caso o PSDB. Esse pregador também vende livros e está presente em outros meios de comunicação tradicional, radio, fazendo as suas predicas. Exceto um ou outro, os comentadores tem vínculos ideológicos claros com os partidos de direita. Os que historicamente tem vínculos com a esquerda em geral passa aperto, pois os seus opositores não estão ali para dialogar e comentar as notícias. Estão para fazer doutrinação

Curso Gratuito on-line: uma mentira que muitos gostam de ouvir ou ler!

Aqui  tem a chamada para a mentira requentada. Sim, você gostaria muito de tocar no santo, pegar aquela água milagrosa; levar a fita do santinho; enfim, mas isso não dá; Vamos às explicações. A isca consiste em por grandes nomes no curso; adicione nome de grandes universidades, e pronto: temos a novidade de cursos gratuitos. Nota, você não leva o 'certificado' se não pagar; logo, bem.... você pode por isso em prática na sua vida privada. No jogo do mercado o que é vale é o diploma de graduação, mestrado e doutorado; no mercado o diploma de MBA; feito presencial e aquele que custa entre 9 e 10 mil reais por mês... O resto é pega trocha; é fazer os 10 mil mensal serem pagados por milhares (MOOCs) E se eu lhe disser que fiz todos os cursos do Veduca? Não, não tenho como provar, fiz só de zueira, não peguei os certificados; Então coloco asssim no currículo: MBA em Engeharia e Inovação  - sem certificado(não tinha grana para pagar) E no meu concorrente o mesmo titulo,

#Midiota: uma invenção espontânea?

O midiota é uma condição que professores, especialmente os de escola pública, conhece bem. Caso você queira algo sobre essa figura, alçada no debate das mídias "sujas" leia aqui . Quero, nesse breve texto, discorrer sobre dois aspectos que me são mais familiares e que estão vinculados ao midiota. Sim, precisamos definir, ainda que rudimentar, o neologismo. Mídia mais idiota gera o midiota e o termo ganhou as redes quando um jovem, nas recentes manifestações contra o Governo Federal, disse em público, aliás para uma plateia grande, algo do tipo "tem é que atirar na cabeça deles". A observação do jovem de origem japonesa, mas brasileiro como todos nós, se deu no contexto de crítica à Presidenta da República. E ele dava sequência a uma expressão que tem sido vinculada a um político veterano  Aloysio Nunes  , na qual o mesmo dizia que o PT ou a Presidenta tinha "que sangrar". Certamente uma metáfora forte e que faz parte da retórica de disputa política.

Como ganhar dinheiro na maconaria

O título é em função do que estão buscando no "big Google". Então tem pessoas interessadas no tema. Posso asseverar que para você ganhar dinheiro na maçonaria o segredo é trabalhar dobrado, pois como na Maçonaria você não vai ganhar nada e ainda terá taxas para pagar, logo trabalhe dobrado; assim você ganha dinheiro.  Fico pensando que o mesmo ocorre com a Igreja Universal; Muitos que vão lá estão atrás de "melhorar" de vida. O que é justo, pena que ao pensar um pouco veremos que tal motivo é muito pouco para constituir uma instituição. Depois, como já escrevi de vários jeitos nesse blog, é própria da cultura ibérica um fetiche com as confrarias. Uma dotação de poderes extraordinários a uma mera agremiação de pessoas; Como se hoje fosse possível a ação em massa de interesses outros e não aqueles do capital.  Não há uma ordem mundial; há uma lógica do capital financeiro; há o Banco Itaú que lucro 20 bilhões; isso existe e é isso que interfere no seu pacato co

#Óculos e o corretor de texto: seriam coisa do diabo na idade média?

Mesmo que foram os franciscanos ingleses, dedicados às ciências práticas, os possíveis inventores das lentes oculares, Umberto Eco, no romance o Nome da Rosa, faz uma sacanagem estética. Ao colocar a um óculos na mão da personagem principal da trama, ele nos passa a ideia de que lá no medievo tal instrumento era visto como coisa do demo. Coisa que a Igreja não aprovava; afinal era um artifício humano para ludibriar a imposição dos desígnios do senhor. Putz, e o corretor do word/pages? Não seria uma tramóia nossa contra a imposição do senhor contra alguns burros como eu? Que fica muito feliz com o bendito corretor de cada dia? Alías, antigamente ele corrigia até mesmo as frases! Enfim, já tem um inglês considerado o primeiro cidadão biônico ou o termo próprio para um humano que vive acoplado a um artefato máquina. No caso o jovem artista não vê cores; puta sacanagem com um artista ( Neil Harbisson; aqui algumas info dele)