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Esquerda ou direita?

Como definir em termos políticos uma posição? Se recorrermos aos temos esquerda e direita vemos que eles surgiram no contexto da revolução Francesa. Mas dizer que era pelo fato de um grupo ficar à esquerda de uma platéia define o que é ser político de esquerda? No cotidiano tal forma de definir e se dizer desse ou aquele lado parece usar esse expediente. Então digo que sou de direita e assim oriento minha ação de tal modo. Qualquer coisa que for proposta por alguém, logo lanço a pergunta: ele de qual lado? esquerda? então sou contra. Direita! então sou favorável. Sim, é simplista, mas é assim que as pessoas se comportam em matéria de política. É assim que as pessoas tem se comportado ao longo do dia; na conversa sobre a política. Definir a si por si, para ser algo difícil. O que a Filosofia evoca é exatamente sair desse lugar e fazer o difícil exercício de saber se definir por si e não na negação do outro. Eu sou esquerda não apenas por ser o contrário da direita. Quando me posi

#Ela merece apanhar?

Certamente o título nos remete a um absurdo. Sabemos que é corrente na cultura machista o bordão “ela mereceu” apanhar. Ou ainda, a mulher que põe uma roupa muito “curta" está esperando o quê? Isto é, ela está querendo ser assediada sexualmente.  Do caldeirão machista ainda teríamos mais. Porém, quero me ater apenas nesses dois temas, que podem ser reduzidos à um. A ideia de que a mulher seja um objeto “em função” do homem. O que a filosofia tem a propor a isso? Penso que o exercício de desmonte é uma contribuição que o filósofo tem a dar. Mostrar por onde se começa a descascar essa cebola. E creio que a primeira casca é a ideia “inconsciente”(semi-inconsciente) que habita o universo masculino de que a mulher é um objeto a seu dispor. Está implicado em “ela merece” o fato claro de que se concebe um ser em função do outro.  Essa submissão ontológica ( ôntico = ser ) é um “macho-centrismo” que não fica apenas no domínio do gênero. Ele é o mesmo que também coloca um

É possível se exercitar filosoficamente?

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(Evento gratuito de Filosofia como exercício.  https://eventioz.com.br/e/filosofia-como-exercicio   )  Filosofia  Em épocas de super-performances dos profissionais ligados à administração ou às finanças, meio no qual se multiplicam novas terminologias, falar de qualquer outro assunto nos põe desafios. O principal e de imediato é provar capaz e à altura de ser um tema relevante. O lugar que os temas da economia ocupam tem dimensões que podemos chamar de estelar. Contexto no qual os demais temas são ofuscados, chegando mesmo ao efeito de serem apagados pelo brilho da estrela dominante.  Desse modo, para começar a falar de Filosofia e da sua pertinência, faz se necessário um tipo de discurso de apresentação que, basicamente, coleciona argumentos sobre tal pertinência não só da Filosofia, mas de como ela pode interessar a vários tipos de pessoas. Por quais motivos alguém se daria ao trabalho de se ocupar desse tema que nem mesmo se apresenta no horizonte de cada dia. 

Preto bom é preto escravo!

Em um país no qual foi o último aqui das Américas(preciso confirmar) a abolir a escravatura. No qual ao terminar com a escravatura os "donos" de negros foram indenizados; e não o contrário, como foi em vários outros lugares; Em tal país é estranho um "preto" ganhar dinheiro. Se for como jogar de futebol pode; pois por trás dos pretos tem os brancos da CBF e companhia que ganham ainda muito mais; Mas se for como presidente, como sindicalista... aí não dá Em um país que sempre foi fruto de golpes; do Imperador Filho que golpeou o pai(sob acordo; no qual o pai levou o outro do banco), que seus generais o golpearam, criando a República; O que podemos esperar. Nesse país se inventa histórias e se comenta do absurdo do filho do Lula ser "rico". Não importa, paira a sensação de que ele é rico; e isso soa como absurdo para as madames do Morumbi. E ultrajante.... ele deve ter "roubado". Mas quando a filha do José Serra tem uma empresa e fatura mi

A internet é um esgoto e os detritos são nossos pensamentos!

Lendo sobre o adesivo "da Dilma" e o ataque com xingamentos à Presidenta da República  fico me perguntando onde tudo isso vai dá. Ao ler os comentários, sobretudo os do xingamento, fico estarrecido como alguém, na verdade multidões, apoiam tal atitude, que dá ânsia de vômito. É possível até mesmo encontrar quem apoie o tal adesivo, aliás, quando vejo especulações que por detrás dele pode estar a filha do Senador José Serra, já que o tal produto era vendido no "Mercado Livre". (um site de venda e que a tal pessoa é sócia, etc) aí tenho que parar de ler. Não consigo continuar. Não consigo processar tais informações. Lembro-me de Leandro Konder, o pensador, que diz sobre o fascismo o seguinte. Tal modalidade de governo é muito desprezível; é tão absurda que as pessoas não querem nem mesmo escrever sobre ele. Porém, não podemos nos esquecer que tal traço desprezível é parte do humano e deixá-lo sem denúncia é permitir que ele volte. É preciso fazer essa denúncia.

O problema da Grécia

O problema da Grécia é um exemplo de como nós mortais não temos todas as bases para aferir juízo  real sobre o tema.  Por um lado, existe a Grécia com seus “caciques" em geral ligados com a Igreja Ortodoxa. Esse tema escapa a nós brasileiros que pouco conhecemos a Grécia de hoje. Tais  “caciques" por ocasião da inclusão da Grécia na União Monetária Européia, dizem informações gerais que tenho, continuaram como tais.  Nesse tópico temos o seguinte. Se houve investimento externo, isto é, dinheiro externo entrou na Grécia, houve o fato de que tais “magnatas" não abriram mão de seus quinhão de poder. Assim, dizem em informações gerais que tenho, que a Grécia não conseguiu mudar tal estrutura de Poder. Ela acabou fazendo pistas e asfalto e outros investimentos que não se sustentaria a longo prazo. Não se sustentava dado a forma como foi feito os investimentos. Eles não conseguiram desbancar o Poder que havia antes; tal poder se dava sobre uma estrutura econômica

As origens do grau 3

"Como a meditação filosófica, a meditação cristã poderá, ademais, desenvolver-se abundantemente utilizando todos os meios da retórica, da amplificação oratória, mobilizando todos os recursos da imaginação. É assim, por exemplo, que Evágrio Pôntico convida seus discípulos a imaginar sua própria morte, a decomposição de seu corpo, os terrores e os sofrimentos da alma no inferno, o fogo eterno e, por oposição, a "felicidade dos justos". (Pierre Hadot. Tra. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Ed. É realizações. 2014. p. 78) Em breve farei outras indicações