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Fruição e produção

No âmbito da produção acadêmica fruir é um pecado moderno para um vício medieval. Sabe-se, ao menos no âmbito da filosofia, que no medievo a pesquisa em Filosofia encaminhava para a ideia de contemplação e fruição. Esse deleite nos dias de hoje é confrontado com a produção, precisamente com muitas produções. Tal interesse de produção não se dá no vazio é claro. A produção preconizada pelas ciências de fato nos trouxe benefícios, como também efeitos colaterais que comumente esquecemos e somos levados a esquecer. Os benefícios são os mais diversos, mas que em termos gerais podemos dizer que a mitigação das intempéries foi o grande efeito. Deixamos de morrer por coisas bobas, esse é o mito que subjaz a toda a criação instrumental. Tais mitologias, pois escondem crueldades diversas que ainda persistem, nos naturalizam que quanto mais produzimos mais mitigamos nossas necessidades. E a grande necessidade da morte até poderá ser superada com os aparatos científicos. Depois, com a aplic

Palestina e Israel: o que nós brasileiros temos?

Já escrevi aqui sobre a dificuldade em formar uma opinião e mesmo um posicionamento acerca do Estado de Israel e do Estado Palestino. O primeiro obstáculo é das fontes de informação, se temos problemas até mesmo com nossa própria realidade política e social, na qual interesses econômicos levam os médias a produzirem uma realidade e não descreve-la, imagine sobre uma realidade que fisicamente é distante. As fontes que nos chegam com certa frequência naturalizou que Israel tem sempre um atentando, uma guerra, uma... Enfim, pensar Israel para nós brasileiros é algo difícil, pois não temos fontes adequadas e as que temos são poucas e estrategicamente "mediada" até nossos ouvidos. Porém, depois das questões envolvendo os cantores Caetano e Gil, acabei encontrando esse  Vídeo  no qual uma professora faz depoimentos sobre os livros didáticos de Israel. O que nos remete também aos nossos livros didáticos brasileiros e sua forma racista de representar os negros. Desse vídeo e d

Curso de Introdução à Filosofia no Clube Paineiras do Morumbi

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O presente: um tempo acossado ora pelo passado, ora pelo futuro!

O tempo presente é um problema. Primeiro por sua natureza, depois por seu poder político em relação aos demais tempo. Nas sociedades Tradicionais o passado tende a esmagar o presente; a autoridade reside no passado, na verdade na duração por sucessivos presentes e por isso sua validade. Nas sociedades modernas, que encontrou o eldorado da técnica, o futuro tende a achatar o presente, pois no futuro tudo se realizará; todas as questões do presente encontrarão a melhor saída no futuro. O novo celular me fará mais feliz. Contudo o presente me parece que é o único que existe de fato, porém, em termos lógicos, ele é mero instante que cede lugar ao passado ou é contigenciado ao futuro. O que podemos constatar hoje em dia é exatamente a dificuldade de viver o momento presente, mas como explicar o tal "imediatismo"? Tal imediatismo parece-nos ser apenas um problema de memória; o que há de fato é o banimento do passado e a submissão ao futuro. A alienação que podemos consta

Nossas particularidades!

Como o passar dos anos todos nós humanos verificamos que temos certos hábitos. Coisas que se repetem para além de nossos próprios interesses ditos conscientes. Para alguns isso pode ser vícios, para outros virtude, o lado bom dessa repetição. Tenho notado que desde muito novo não compro rifas ou qualquer coisa que alguém me ofereça. Estranho. 

Filosofia no Clube Paineiras do Morumby

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Trata-se de um curso de Introdução à Filosofia que visa tratar tal saber sob a ótica o exercício. Para inscrições e outras informações os sócios podem se dirigir ao CAT do Clube; ou ler sobre aqui Prof. Cidio - Museu Pergamon - Alemanha. 

Economia a nova Teologia!

Certamente você já viu aqueles filmes medievais, especialmente como eram vis os nobre, quando não a própria Igreja. Assim construímos uma imagem sobre o período das sobras, algo que carrega muitas injustiças e projeções idealizadas a um período histórico, e pensamos que tal realidade passou. Nos dias de hoje o discurso econômico faz ou tem o mesmo expediente nebuloso que aquele que projetamos no medievo. Por isso ficamos a ver navios sobre o tema economia; não temos elementos consistentes para dizer nada sobre o tema. Vamos levando nossas vidas acreditando piamente nos "novos" sacerdotes, que agora além de estudarem na nova Roma(Chicago) e utilizarem uma língua própria, a exemplo do latim, falam coisas que  não entendemos, mas acreditamos ser boas; ou pelo menos nos desperta medo. O "economês" é uma língua que leva os países a venderem posições estratégicas em nome de boas intenções, de salvação da lavoura. Assim temos Portugal que vendeu o que não devia em n