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O incômodo da filosofia

É compreensível que as classes sociais pobre ou ricas não gostem de Filosofia. Os motivos, penso eu, são de duas ordens. O primeiro é nossa herança oriunda de 21 anos de ditadura civil-militar. O outro, parece-me emergir de demandas das próprias pessoas, de fatores que estruturam a vida de cada um de nós no cotidiano. No caso histórico, pensar foi associado a por em cheque modelos sociais. Foi associado a ideia de que “comunistas" queria substituir nossos modelos de "status quo” por outros. Então, assim, se tenho uma vaquinha, a mesma seria pulverizada. Logo, se pensar é isso, odeio isso. O segundo motivo, que em partes já está presente no histórico, é a natureza do pensar e sua aparente fluidez das certezas. Assim, se odeia pensar na medida em que na vida cotidiana trabalhamos com certezas. Sou de uma profissão X, faço coisas Y e assim segue. O porteiro cuida da portaria, o motorista conduz o carro, o padeiro faz pão. São toda uma gama de certezas que nos alimenta, no

Fenomenologia: si

Não podemos falar de cuidado de si, pois esse si é problemático. Primeiro ele é compreendido nos termos de um egoísmo, depois, resta nos perguntar o que é ser um si.  Se tomarmos a problemática da consciência na fenomenologia, que se define como não sendo nada(Sartre), mas apenas como um movimento para fora, onde se encontra o si, o ser propriamente, cuidar de si seria outra coisa e não o egoísmo reinante. Cuidar, por exemplo, de aspectos universais, como a cosia pública, seria um autêntico cuidado de si.  Se si não pode ser preso a tradicional ideia de um ego, um existente que se direciona a todos e a si no intuito de ter poder sobre eles, como podemos então definir a propriedade do eu?  Um eu sem propriedade e mero movimento, transitoriedade ou para-si,(Sartre) torna-se algo por demais gelatinoso e confuso em épocas que estamos tão habituados a possuir. A ter as novidades da Apple.  Mas engana-se quem pensa que possui não só o famigerado iPhone 7(sim, 6s é coisa pas

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La tradition gréco-latine de l’optique médiévale, de Calcidius jusqu’au xiie siècle

Le texte est à l'origine ici par Colette   DUFOSSÉ diplômée de master Introduction Retracer l’histoire de l’optique du  iv   e  au  xii   e  siècle, c’est moins mettre en évidence l’évolution d’une science que montrer la constance d’un intérêt pour une branche de la physique non retenue dans le cursus normal des études parmi les disciplines scientifiques formant le  quadrivium . Ni les textes grecs fondamentaux, l’ Optique  d’Euclide et celle de Ptolémée, ni les travaux arabes ultérieurs, ceux d’al-Kindi ou d’Alhaçen, n’ont reçu de traduction latine aux hautes époques ; les premières traductions de textes intéressant l’optique n’apparaissent qu’au  xi   e  siècle. Les auteurs occidentaux ne peuvent s’appuyer que sur le texte du  Timée  traduit par Calcidius au  iv   e  siècle, vaste cosmogonie qui inscrit une théorie visuelle dans son évocation de la constitution de l’homme. L’objet de ce travail est donc de faire le point sur ce que les Occidentaux ont retenu d

ABERTURA E MONTE DE VÉNUS DE TANNHÄUSER (VERSÃO DE DRESDEN)

RICHARD WAGNER, LEIPZIG, 22 DE MAIO DE 1813 / VENEZA, 13 DE FEVEREIRO DE 1883 O conteúdo deste post encontra-se originalmente no site Casa da Música . Ao qual remeto meus leitores.  [1843‐1845; c.21min.] SINOPSE Tannhäuser e o Torneio de Trovadores de Wartburg  é o título completo da ópera em três actos de Wagner composta entre 1843 e 1845, e estreada em Dresden em Outubro de 1845. O libreto, da autoria do próprio Wagner, foi escrito em Paris, em 1841‐42, e consiste na fusão de duas lendas medievais distintas. Uma, baseada em dados históricos do século XIII, envolve as tensões dos  Minnesänger  (os cantores de amor) e passa‐se no castelo de Wartburg, próximo da cidade de Eisenach, na Turíngia. A outra é uma lenda popular do século XIV, a lenda de Vénus e Tannhäuser, conhecida de Wagner através dum conto de Tieck e de um pequeno poema de Arnim e Brentano publicado na colectânea da  Trompa Mágica do Rapaz . Wagner coloca no centro do enredo a luta eterna entre o am

27º Café com Ideias: um espaço de diálogo - Adolescentes Filosofam

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Simone de Beauvoir: de filósofa a atriz pornô

No Link da BBC brasil (aqui)  há uma matéria tratando do curioso caso de Simone de Beauvoir. Uma pensadora francesa, também conhecida por estar próxima a outro pensador famoso: Sartre. A novidade é que em nossa vaga facista, que está a galope, o fato de uma parte do livro da pensadora ser objeto de uma questão a transformou em um "virtal", esse exemplo de manada próprio das redes sociais. Tive até um bate-papo virtual no qual um indivíduo me enviou um longo texto provando tais teses. Simone se transformou em pedofila, nazista e, agora estou sugerindo, em atriz pornô. Com essa ironia quero propor os riscos de um pensamento viciado. As pessoas estão em uma fase na qual tudo é o PT. Comunismo, etc... Se falta água em SP é culpa do PT, mas se avisarmos que a Sabesp é do governo do PSDB e que o mesmo está no governo nos últimos 20 e tantos anos, bem a pessoa suspende o juízo; e fica claramente que na cabeça dela é o PT. Esse ódio de classe sempre existiu; a luta de class