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Pedagogia Waldorf e pedagogia curativa

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Migrantes na Europa

Fazer um recorte da história e observar apenas uma delimitação fragmentada pode nos gerar vários problemas. No caso da atual “crise" de migração para a Europa é um exemplo profundo desse erro.  Oras, é sabido, para citar um exemplo mais próximo aos meus conterrâneos de Governador Valadares, que em Portugal ou Espanha se olha torto para nós brasileiros.  Pois bem, nesse caso é grotesco o recorte que se faz, pois não muito longe na história ambos nacionais se aportaram por aqui. Vejamos, não quero falar dos últimos 500 anos; podemos tomar os anos 60, 70 e agora, com a mega crise do Estado português e espanhol. O Brasil é um porto seguro para todos eles. Quantos portugueses não estão em Fortaleza(CE) e outros pontos próximos?  Sendo ainda mais específico, espanhóis e portugueses aqui  chegaram fugindo de Franco ou de Salazar. E chegaram aos montes.  Se recuarmos um pouco mais na história e tomarmos algo pelos fins de 1890 até a Segunda Grande Guerra, aí teremos fa

Instituto Kora Pedagogia

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Instituto Kora Pedagogia O nome Kora, além de um instrumento musical africano, nos remete a Platão. No filósofo grego do século V a.C. quer dizer um tipo de espaço só apreendido pelo intelecto, pois não é o espaço físico, uma delimitação sobre um determinado lugar.  Na radicalidade, kora é um espaço que permite que exista outros espaços sobre ele. Daí sua metáfora de útero. Também podemos tomar a ideia de coreografia como um espaço em movimento noutro espaço. (um palco).  Kora em termos de aprendizado procura ser esse "lugar" de trabalhar em prol do afloramento do educando. 

#Eu

www.korapedaogia.com.br  Sobre o Eu a filosofia tem várias abordagens. Quero, porém, falar apenas de uma e em que sentido tal problema se relaciona com a prática docente ou o dia-a-dia de um professor no processo de explicação de novos conteúdos aos seus alunos. Obrigatoriamente qualquer professor tem o desafio de apresentar algo novo, "chover no molhado" não faz sentido. Ninguém se dirige à uma faculdade ou contrata um professor para saber o que já sabe, mas para ampliar seu repertório de sabedoria. Lendo engano, pois curiosamente os alunos não estão preparados para tal, facilmente fazem uma mistura entre questões pessoais, achismos, modas de jornais, modas de "corredores de faculdade", etc. E oferecem uma profunda resistência em desbravar novos saberes. Mas, curiosamente, se lançarmos a pergunta: o que os trazem até aqui? todos serão partidários em dizer que são os novos saberes; aqueles capazes de nos fazer virar advogado ou psicólogos, etc... Pedagogos

#Natal

O que é isso? Presentes? aquele senhor velhinho ridiculamente e inexplicavelmente vestido para uma nevasca e que se encontra em pleno verão?  O natal não fazia parte das festas cristãs, aliás, tem muito coisa que só entrou na história da Igreja Católica muito tempo depois. A própria ideia de trindade, o tema mais elementar do cristianismo, só virou história no Concílio de Niceia.  Isso não quer dizer que o Natal não possa ser uma festa cristã. Claro, mas tal ressalva deve ser feita na medida em que tais festas servem muito mais para oprimir do que propiciar o verdadeiro espírito cristão. Deixemos aqui a páscoa e o famigerado chocolate, que também sofre essa perversão do sentido original da coisa.  Quando uma festa religiosa é tomada pelos interesses recentes do consumo e com tudo o que implica a cultura de “consumo de massa”, devemos chamar a atenção para os riscos que tal distorção traz. O primeiro é perverter algo de ordem espiritual em material. O natal não é dar

Estética e Educação em Nietzsche

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Quem adivinhar ou acertar onde está o livro, entre os vários que se encontram com a leitora acima,  do Prof. Cídio Lopes, Estética e Educação em Nietzsche, leva um livro de presente.  O pessoal pode responder nos comentários.  Ps.: Agradeço a ideia do Besta Fubana ; filósofo da peste, no melhor estilo dos cínicos gregos. 

Vamos de férias!

O fetiche é "ir", sair de férias e viajar. Sim, fetiche, na media em que o ir é deslocado de seu sentido inicial de ida. O ir tem sobretudo um efeito sobre os que ficam, despossuídos de um lugar utópico para onde alguns vão e outros ficam. Na classe média alta, aquela que ama Miami (a cidade mais desigual dos EUA segundo a Forbes), ir é um imperativo de cada férias. No pacote está também aquele vislumbre do paraíso que é lá fora. Sobre o ir, em última instância ele sempre nos parecer ser um deslocamento do sentido do próprio ir. Na verdade se formos radicais, todo ir é um fetiche, é um deslocamento de sentido. Na verdade não há um sentido para ir. Portugueses vão desde os século XV. Ali chegaram vários desde os anos 711 d.C. Os nômades berberes foram e ali pararam. Seria de Portugal essa nossa herança em ir sempre? O fato que estamos sempre indo, a humanidade sempre está se deslocando. Parece ser mesmo uma confusão entre nossa consciência que é puro movimento e o m