Balta, espião-infiltrado ou voyeur?
Como foi noticiado pelos sites x e y tivemos um episódio que nos remete em cheio à épocas de governos ditatoriais. Trata-se do caso de “infiltração" de um agente militar em eventos de protestos sociais. O caso é sintomático de varias causas. Em primeiro, vigiar movimentos sociais por militar, depois, tal vigília no contexto de disputa política e, por fim, o método do “vigiador”. O Prof. Dr. Jessé Souza tem utilizado o termo “fulanização" do debate político como forma de denunciar que tal expediente não nos leva a lugar algum. Talvez apenas agudiza a crise e o choque de afetos reprimidos da luta de classe. Por isso, o que me importa não é a pessoa do Balta ou de sua real identidade. Existem coisas para além disso. Espionar certamente é uma função relevante dos militares. Espera-se com isso a antecipação de qualquer investida contra um povo, do qual o Exército, nas suas três variações modernas, é por definição protetor da violência externa, utilizando para tal a