Templários e a Maçonaria.




Quando olhamos a lista de nomes de Lojas Maçônicas, entre as três Potências, será muito comum encontrarmos nomes que fazem menção à Idade Média, precisamente aos Templários.  Não tenho dúvida de que os maçons que procuram nomear os seus fazeres em um Loja com esse “dístico” (nome) tenha alguma consciência com um conjunto de perguntas que muitas das vezes só são do conhecimento de ‘chatos’ intelectuais (sejam nós da Filosofia, Sociologia, Psicologia ou História). Em geral são pessoas simples e devotadas na procuram de se diferenciarem do conjunto da sociedade em que vivemos. Mas não se trata de qualquer diferença, querem fazer o bem.

Feito a consideração de que falta uma conexão consciente entre pessoas dos de hoje e um período da história, pretende-se com as questões a seguir, convidar a todos para uma fraterna reflexão.

O primeiro problema sobre os Cruzados é que eles tinham a função de “conquistar” a ‘terra santa’ (sic) e para isso estavam liberados para ‘matar’ os árabes muçulmanos(sarracenos- aqueles que vivem em tendas; “General” muçulmano de origem Persa). Ao fazer opção por esse nome uma Loja coloca em constrangimento possíveis Irmãos que são Islâmicos, pois “cruzado” é sinônimo de matador de islâmico(muçulmano).

Certamente o que motiva optar por esse nome é uma idéia que se tem dos Templários. Uma idéia que os historiadores de Maçonaria costumam dizer que foi construída nos séculos VIII e VIX como forma de dá à Maçonaria Especulativa uma história ‘antiga’. Essa idéia consiste em ter nessa turma de mercenários modelos de pessoa “de moral elevada”, correto e justo. Claro, isso do lado da Europa.

Para explicar essa “idealização” do que são os Templários por parte de indivíduos pacatos, pais de família, empregados, podem recorrer a alguns recursos da psicologia e sociologia. As pessoas na sua simplicidade e falta de tempo e recurso monetário tem necessidades psicológicas de se vincular a alguma tradição. Como na Maçonaria a cultura oral é muito forte, acaba por chegar até essas pessoas idéias sobre os Templários como sendo “tudo de bom”.  Nada mais comum do que pessoas desejosas de fazer o bem, projetar nesse nome um símbolo que represente tudo isso.

 Portanto, existe total “ressignificação” de algo. O Templário que habita a cabeça de Maçons que assim nomeia sua Oficina ou Templo nada tem com aqueles ‘mercenários’. O que caracteriza mesmo certa ingenuidade em uma associação que se diz filosófica.

Aparentemente nada de problemático, porém, considerando que na Alemanha Socialista(nazista) foram historinhas da carochinha que motivaram o sionismo entre as camada populares, seguida pela justificativa de práxis dos intelectuais. Alguns dirão que Wagner entre outros intelectuais-artistas é que deram sustentação para o nazismo. Em parte é verdade, mas penso que a coisa se alastrou e Hitler utilizou essa massa movida por “mitos germânicos” muito parecidos com esses que motivam pessoas a darem nomes “desconexos” e sem crítica.

A ignorância é sempre uma arma perigosa. Ela é perigosa por não se apresentar como tal e por isso não receber as devidas atenções críticas. Essas e outras coisas ‘ignorâncias’ cotidianas vão passando despercebidas e um dia ganham volume. Nesse mesmo grupo temos os “evangélicos da TV” com suas asneiras cotidianas. Há pouco tempo fui quase linchado (virtualmente) por um texto publica em um jornal virtual. Fiz conexões que as pregações dos evangélicos da TV incitam atos de burrices e que um dia isso poderia virar contra os maçons[i]. As respostas foram condizentes, pena que o atual editor do jornal prefere não propiciar o debate através do jornal.

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