A Força de Vontade


Existe na arte da Engenharia, en­tre muitas regras básicas, todas obedientes às leis da
Matemáti­ca a classificação de “vigas mestras”. São aquelas partes sumamente impor­tantes da  construção, que protegem e sustentam o edifício. De igual modo, nas ciências, nas letras e em todas as artes, deve haver uma base sustentadora, sem o que não é possível que elas prevaleçam e evoluam.

Em se tratando da vida moral ou espiritual, no terreno das idéias, a esca­lada é, por semelhante modo, essencial dos primeiros fundamentos à mais alta concepção do reino espiritual. Disser­temos, então, sobre o filosofismo ma­çônico, em torno de vigas mestras do verdadeiro maçom. Mostremos como se deve conceber, dentro dos ensinamentos mais expressivos da Su­blime Ordem, o caráter moral e espiri­tual de um genuíno obreiro.

Vejamos o que a Maçonaria deve esperar de seus filhos. E que sejam va­rões do altíssimo gabarito moral para que se enquadrem perfeitamente den­tro das linhas diretrizes do seu filosofismo sadio e construtor. E para que o maçom seja realmente modelo de cidadão perfeito, em plena sincronia com essas idéias, mister se faz que co­nheça e ponha em prática as virtudes mestras, que lhe poderão outorgar as forças necessárias para se firmar como coluna inabalável e indestrutível no edi­fício de sua vida moral. Em qualquer atividade da vida, deve prevalecer ex­traordinária força de vontade para a eficiência do trabalho. Quem realiza qualquer tarefa sem a ela dedicar o máximo do seu esforço, certamente fra­cassará no cumprimento do dever. Isto acontece comumente em todos os setores da atividade humana e, muito mais, na vida moral e espiritual. O progresso na virtude é muito mais difícil que a evolução das ciências, das letras e das artes.
A força de vontade é a virtude preliminar capaz de sustentar o edifício de nossa vida moral, no combate aos vícios e às iniquidades humanas. Não basta, todavia, que o homem tenha a perfeição como ideal. Há muitos que canalizam suas energias, as boas inten­ções, mas ignoram o rumo a seguir, e acabam deixando-se vencer. Daí a ne­cessidade de se cultivar a inteligência, atitude indispensável como auxílio po­deroso à força de vontade, a fim de que o homem saiba quais os direitos e de­veres no desempenho das suas múlti­plas atividades, dentro e fora da Ordem Maçônica.
Muitos ignoram os mais comezinhos deveres porque não se dão ao trabalho de pensar, de ler e de meditar, e pouco se esforçam pela sua evolução mental, moral ou espiritual. A in­teligência tem que ser cultivada para que o homem aprenda a raciocinar e solu­cionar os múltiplos problemas da exis­tência. A mais importante das virtudes preliminares para a formação do ho­mem perfeito, no entanto, é a sabedo­ria, vista pelo prisma da solidariedade humana.
Se o homem for dotado de for­ça de vontade e inteligência cultivada, mas destituído da qualidade mais subli­me do caráter que é a sabedoria ele será, consequentemente, pouco mais que um bruto. Precisamos, portanto, nos conscientizar de que é nosso dever agir sabiamente, reconhecendo que nos­sos direitos cessam quando começam os alheios. Igualmente devemos entender que só devemos fazer ao próximo o que queremos que façam conosco. Não é difícil nos harmonizar com o próximo, revelando-lhe as faltas e auxiliando-o em seus revezes e amarguras. O verdadei­ro maçom é, pois, o que possui, preli­minarmente, esta tríade como alicerces  para sua vida.
Aprendamos, pois, com esta trilogia a conduzir nossas vidas, embasados neste espelho de virtudes divinas, que não só constituem os atri­butos da alma verdadeiramente maçônica, mas o patrimônio dos genuínos sábios que, segundo Deus, não compu­seram no lamaçal das misérias huma­nas. Bendita seja a milenar Maçonaria, que é uma das mais sublimes das insti­tuições na face da terra.

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