A régua, o maço e o cinzel.
* Notas de
esclarecimentos no fim do texto.
Há, não
esqueça de citar a fonte da pesquisa. Pode ser:
ALMEIDA, C.L. A Régua, o Maço e o Cinzel. AMF3.Disponívelhttp://www.amf3.org/2012/10/a-regua-o-maco-e-o-cinzel.html
Régua, o Maço e o Cinzel
A
Régua é um utensílio usado
nas Lojas Maçônicas e que simboliza a retidão dos princípios maçônicos e a
retidão da conduta que deve ser observado pelos Maçons. Portanto, trata-se do seguinte expediente pedagógico. Para
falar de algo da esfera moral, de como agir na vida social, a maçonaria utiliza
de instrumentos vinculados à construção civil. Ela
toma esses instrumentos e faz uso deles em sentido
metafórico, isto é, uma régua na sua função original
é para “traçar linhas retas”, fazer medidas, etc. Dessa
qualidade da coisa, da régua, se faz um salto para coisas humanas. Assim, régua
que representa “um risco
reto”, “um risco certo”, vira uma figura metafórica
para “retidão moral”, etc. E assim procede com todos os demais utensílios. Todos são tomados em sentido
metafórico. Essa estratégia pedagogia funciona no
sentido de ser fácil de fixação na memoria das pessoas.
O
presente trabalho, nas linhas abaixo, será melhor
compreendido por quem vivência um dado contexto. No qual se faz a leitura de
outros textos e se debate ideias em torno das três palavras “Régua, Maço e Cinzel”, para o curioso em geral,
talvez soe faltando partes, o que é verdade, por pressupor que o leitor já as
tenha; participa do contexto desse texto. Um bom leitor, por outro lado, consegue inferir os “sujeitos ocultos” do texto. A leitura, porém, fluirá mais rápido e normal para quem
habita o contexto desse texto.
Posto essa ideia fundamental, em
que se faz uso de um objeto corriqueiro em sentido metafórico e que esse texto implica na habitação do contexto que ele
é produzido, continuemos analisando os objetos aqui em questão.
Todo
Maçom deve observar escrupulosamente
o cumprimento das Leis
que lhe são impostas, ao
menos esse é um culto, isto é, se diz isso sempre que oportuno. Cumprir as Leis é um sinal de obediência e de fazer corpo de uma “sociabilidade” que congrega várias pessoas. A obediência conduz á ordem e, assim, cumprir as Leis é uma forma de retidão. Por isto, a Régua simboliza o
meio de assegurar o cumprimento das normas do
comportamento humano sem as quais não pode haver ordem. Estas normas constituem
o equilíbrio de todas as ações, assim elas consubstanciam uma medida que pode
ser avaliada pelos módulos da Régua.
Em
Maçonaria usa-se a Régua de 24 polegadas significando
as 24 horas do dia, estas 24 horas devem ser divididas pelo Mestre de
Cerimônias, que é quem porta a insígnia de Régua, em espaços iguais destinados
ao trabalho, ao repouso, aos exercícios físicos e mentais e a recreação.
A
Régua de 24 polegadas serve para medir e planear a
obra: corresponde a Sabedoria do Ven.’., que também a de medir e planear quando
dirige os trabalhos.
A
Significação simbólica nos ensina que quando no plano moral, o homem deve medir
prudentemente os seus planos de ação, deve medir e apreciar o contorno de suas ideias como se mede um pedaço de pedra, para ter o conhecimento exato de seu valor e de sua utilidade. Material, com espiritualidade, medir é
saber e o erro começa onde se perde o censo da medida.
Para
Abelain a Régua é o “Ouro dos Filósofos” simbolizando
a “regularidade na aplicação”. Palavra originada do latim “regula” ela, na
Maçonaria, é
tomada como símbolo do infinito, eis que a linha reta não apresenta princípio e
nem fim. Desta forma podemos tê-la como símbolo do
“aperfeiçoamento
constante, da retidão, da lei, da moralidade e do dever.”
Por
isso a Maçonaria não impõe nenhum limite, é livre da investigação da verdade, e
para garantir a todos essa liberdade, ela exige de todos a maior tolerância
O Maço representa a inteligência e a razão que tornam o Maçom capaz de discernir o Bem do Mal, o Justo do Injusto
“Utilizado para
desferir golpes, tem relação com o lº Vig.’. cuja
qualidade é a força e cuja missão consiste na transmissão de energia. E para
transmitir aos instrumentos a força de impulsão
necessária à execução do trabalho. O Maço é o poder, é a força. Qualquer que
seja o sistema de impulsão adotado modernamente nos
labores do homem, ele se deriva da idéia primitiva do golpe. O Maço é a ação.”
“A tarefa do homem na
vida, em síntese, tem como fim a remoção e transformação da matéria; toda ação humana se reduz a isso, quer no campo
material, quer da esfera moral. Mover pedras e terras
para a construção de um edifício; mover pensamentos
e idéias, para a construção de um ideal; para mover
pedras e terra é necessário a impulsão muscular; para mover e transladar
idéias, é necessária a impulsão moral - ação, vontade, força espiritual.”
“Se, no plano físico,
a Régua tivesse traçado as suas linhas e o Cinzel estivesse pronto para
realizá-los na pedra, mas faltasse força no braço do Obreiro, o trabalho
conciencioso da Régua e as qualidades de penetração do Cinzel de nada serviriam; a obra não seria realizada.”
“O Maço é a impulsão
que leva para á frente, O Maço é a Energia.”
Não
devemos confundir o Malhete do Venerável Mestre com o Maço, porque o mesmo é o
instrumento que o neófito dá as primeiras pancadas na pedra bruta, a qual representa o Homem sem instrução, áspero de caráter,
por falta de conhecimento e que mais obedece aos seus instintos do que a razão.
O
cinzel é uma ferramenta pontiaguda com a qual se esculpem as pedras por mais
duras que sejam, dando-lhes forma e modelo.
“Corresponde ao 2º
Vig.’., porque como este representa o elemento da
Beleza, assim o Cinzel é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando
linhas superficiais e molduras, para o embelezamento do edifício.”
“Simbolicamente
modela o espírito e a alma, de acordo com os mandamentos da Sabedoria.
Representa as nossas faculdades morais e espirituais,
subordinadas ao nosso saber e à nossa prudência. Sem
o desenvolvimento dessas forças o Maçom não poderia
agir no meio que o circunda, nem poderia dar feição à sua própria natureza.”
“Este Cinzel maçônico
deve ter fio e têmpera capazes de um esforço grande e tenaz, isto é, o Maçom deve ter sentimentos generosos, mente sã, fé profunda,
estoicismo e capacidade de sofrimento.”
Desde
que o homem começou a utilizar o cinzel foi, aos poucos, se aperfeiçoando em
suas obras e puderam desta forma serem feitos: as construções, as esculturas e as gravuras.
O
serviço do cinzel pode ser exemplificado pelas obras feitas pelos Egiptólogos a
milênios de anos atras, tais como: as pirâmides, os artefactos da
tumba do Rei Tut, a esfinge, o monólito egípcio que esta exposto no Museu
Britânico, e a pedra Menfíta, que contem os mais
antigos conceitos humanos, e outros.
O
cinzel além de poder ser utilizado como ferramenta pode também ser um símbolo
para se atingir a perfeição do ser humano, estando por exemplo nas mãos de
obreiro que tenham bons princípios e costumes pode
não ser construídas obras de grandes relevâncias.
Nós
aprendizes, recebemos a pedra bruta, assim como os Egiptólogos, os escultores,
etc., a recebiam para modelar suas obras.
Podemos
assim iniciar na aprendizagem por bons princípios e costumes para atingirmos a
perfeição, e sermos úteis a humanidade. Deste modo, utilizando destes
princípios podemos ter a honra de pertencer a esta augusta e salutar
sociedade.
Apresentação
Esse blog é
apenas um blog. Não nos confunda com alguma instituição. Trata-se de um blog
mantido por um professor de filosofia, que procura, através desse blog,
divulgar conteúdos de filosofia, essa mesma que se estuda na Escola de Ensino
Médio ou nos anos iniciais das Faculdades.
Nosso
objeto de pesquisa em filosofia é exatamente saber como aquelas escolas
Antigas, lá da Grécia Antiga, chegaram aos nossos dias. E ainda, como elas se
mantém em nossos dias. Certamente você leitor já ouviu falar de estoicos,
epicuristas e pitagóricos? E hoje, quais são as escolas filosóficas?
A tempo,
verificamos que na internet ou mesmo nas cidades do interior de Minas Gerais, a
Maçonaria, depois das Igrejas, tem presença discreta, mas ampla. Como escola
filosófica é que a abordamos por aqui. Seus textos e materiais são públicos,
passíveis de leitura por aqueles interessados; sendo eles participantes ou não.
Claro, informação não é formação. Portanto, qualquer leitor e pesquisador
tem acesso ao que é escrito por aqui.
Antes de
passar ao texto que lhe trouxe até aqui, você pode ainda ver outros textos
relacionados. Todos irão lhe auxiliar em muito na compreensão do assunto que
lhe trouxe até aqui.
Com farta
bibliografia.
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