Maçonaria e a Política

Nós brasileiros temos uma herança comportamental direta da ditatura civil-militar. Não discutimos política.

Esse patrimônio nefasto é fruto de uma época que era crime se reunir para discutir política. Filosofia como matéria da escola Fundamental foi retirada do currículo e identificada como coisa de comunista.

Aliado a essa herança maldita, temos o fenômeno do consumo, esse mundial e parte do atual estágio do Ocidente. No qual o “consumo” rege tudo. Nesse ordem o que agrada as papilas gustativas tem prioridade total. Saímos de uma realidade de pouca comida, que ainda assola milhares de brasileiros e brasileiras, para obesidade na periferia. Nesse regime de consumo, a política não é interessante ou só é quando fala coisas rápidas, imediatistas. Logo, o sujeito eleitor e cidadão odeia participar da política, pois deseja comer, consumir.

Para fechar nossa herança maldita sobre o comportamento político do brasileiro, temos os Jornais da grande mídia. Apoiadores de primeira ordem da ditadura, como as Organizações Globo reconhecerem recentemente, sem falar do apoio logístico em São Paulo da Folha, o jornais acostumaram a disseminar que em política não se mete.

Cobrir o Poder, portanto, passou a ser difamar o Poder. A função da mídia no mundo tem na cobertura do Poder seu papel mais fundamental e cumpre sua função social para o bem da democracia. No entanto, no caso brasileiro, ao esculhambar o poder a mídia presta o serviço de manter o povo longe do debate sobre o Poder. Cria até mesmo uma antipatia do povo pelos políticos. Ainda que “endeusa os ídolos do futebol”, também uma estratégia de “despolitização”.

Feito a fórmula mágica. Os brasileiros não conseguem pensar sobre política. Em geral tem pensamentos muito simples sobre assuntos complexos, quando ensaiam dizer de política manifestam um nível de aluno de ensino médio sobre o tema. E nessa simplicidade encaminha-se para pensamentos incapazes de pensar a política nas suas esferas mais micros, como a associação do bairro, no condomínio, pequena cidade do interior.

Não só iPhone o Galaxi exigem conhecimentos. Política também, o governo da própria família, da administração das economias pessoais. Tudo exige perícia e não basta ir fazendo.

Se há uma contribuição que a maçonaria possa fazer para a sociedade brasileira esta está na introdução da política na vida cotidiana. Desfazer a herança maldita do governo de exceção, cuja a própria maçonaria participou e deu seu apoio.  No próprio seio da maçonaria a política precisa alçar patamares mais elaborados.






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