A Palavra perdida




A propósito da lenda da palavra perdida na maçonaria o fragmento que segue pode nos auxiliar em que medida tal recurso didático existe na Ordem.


“Na Grécia arcaica, a palavra verdadeira ou alétheia possui três características principais:

11)   é uma palavra eficaz, isto é, uma ação, uma potência de realização, uma força realizadora que pode aumentar ou diminuir em poder e por isso é uma função sócio-religiosa de soberania. Eis por que a palavra de louvor e a palavra de censura são tão importantes: quando o poeta ou o adivinho louvam alguém, este alguém não mais será esquecido, torna-se verdadeiro, isto é, imortal; ao contrário, quando há censura, o silêncio cai sobre este alguém e sobre seus feitos, e ele se torna esquecido, perde a verdade e morre;
22)   é uma palavra prática (e não teórica), isto é, falar é fazer. Ao ser proferida, a palavra verdadeira possui o poder de fazer vir a ser, de fazer acontecer o que é dito;
33)   é uma palavra que se relaciona com três forças positivas: a justiça (dike), a confiança e fidelidade (pístis) e a doce ou suave persuasão (peithó). Personificadas, são três deusas ligadas à verdade e à luz; em oposição a elas, no campo do esquecimento/erro/engano/mentira, que é o mundo escuro de Léthe, estão três outras forças: a injustiça (adikía), a desconfiança e infidelidade (pseudés) e a sedução mentirosa (apáte).




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