Israel: legítimo ou injusto?

Legítimo X justo

O atual quadro de injustiça social entre Palestinos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza suscita vários debates. Discutir sobre tais questões é sempre constrangedor, pois enquanto discutimos seres humanos estão em condições deploráveis de vida. Não só nesse caso dos palestinos, mas em toda situação semelhante, a emergência de humanos em tais situações sempre nos contrange em ficar tecendo  comentários. 

Contudo, como também não nos resta meios para fazer outra coisa, pensamos que escrever seja uma parte no processo. 

Pois bem, quando se fala na questão israelo-palestina o que comumente se traz dois temas que são dispersos como sendo apenas um. Parte-se do fato social degrandante para questionar a legitimidade; portanto, estamos falando de que propriamente: justiça social ou falta de legitimidade? 

Creio que as duas coisas existem aí. E a primeira dela é o estatuto de legitimidade do Estado de Israel. Pois me perguntaria, seria possível um Estado sem legitimidade ser justo? 

E ainda, toda injustiça social provém de um Estado ilegítimo? 

Como se constrói a legitimidade de um Estado? Por exemplo, se recorrermos que os palestinos já estavam ali antes, como fica, por exemplo, todo o continente americano? Seria os Estados Unidos do Norte um país legítimo?  e o Brasil? A Argentina? 

Depois, um Estado deve ser composto como? Por uma etnia? por uma nação? por um povo? 

Passado por essas questões de nacionalidade, estado, cultura, religião, chegaríamos a outro bloco temático que faz órbita à justiça social. 

No contexto de justiça social, podemos fazer as seguintes perguntas no contexto da questão israelo-palestino. O governo da Arábia “Saudita" é legítimo? Ele é justo socialmente? Porque governos como os da Jordânia, Marrocos(que ocupa o Saara Ocidental) são legítimos? 

Penso que no atual estado das coisas, com a ocupação em larga escala dos territórios palestinos por parte de setores civis-estatais de Israel, fica difícil vislumbrar justiça social e legitimidade nessa região. 

Mesmo com os atuais “parceiros” de Israel, segundo Thierry Meyssan (http://www.voltairenet.org/auteur29.html?lang=pt), tais como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, não vejo como tal questão irá se organizar. Pois se os parceiros Árabes, na luta por manter suas hegemonias, são capazes de se unirem  a Israel para combater o início de uma revolução no Iêmen, prova minha tese de muito tempo. A questão israelo-palestina é uma questão de geopolítica e nunca foi de cunho religioso. 

A religião sempre é o material didático para dar cobertura à tais questões geopolíticas. Se olharmos as questões dos cristãos cruzados, por mais que a verborragia medievalista/direitista católica invente qualquer anedota, logo veremos que suas causas se explicam pela geopolítica; os recurso para a vida… eis o motor da desgraça da própria vida. 





Comentários

Alexandre Sousa disse…
Eles queriam um estado judeu e este estado era no antigo Israel onde foram expulsos pelos romanos. Os muçulmanos acham sagrado qualquer lugar que tenham ocupado e onde há uma mesquita deles. Eles não respeitam territorios cristãos ou igrejas cristãs. Querem derrubar igrejas cristãs para contruir mesquitas no lugar. Os muçulmanos não aceitariam de jeito nenhum. Então porque devemos aceitar? O que é sagrado para nós é menos sagrado? Eles dizem que vão conquistar o mundo. Por que não começam logo isso? Estou cansado desse chove, não molha.

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