Ghost Writer ou escritor fantasma!


 Do ponto de vista da Lei escrever para alguém, sendo um trabalho original, e deixar que a autoria fique com quem pagou o trabalho pode ser caracterizado como? Pela decisão de um Juiz(aqui) parece que não é crime e não se inscreve na demanda de direito autoral. Afinal, o escritor fantasma/assessor ao permitir e receber pelo trabalho abre mão do direito de ser dono do artigo; ademais, escreve segundo demanda, o que então descaracteriza ser dono do tema e artigo produzido. 

Para além da demanda de escritor fantasma, é possível, no âmbito de mestrado e doutorados, fazer algo diferente. É fato que muitos advogados ao se inserirem na dinâmica do mundo do trabalho perdem experiência nas regras da Academia. Contudo, sua experiência profissional tem algo a adicionar à reflexão do próprio Direito ou outros campos do saber; Nesse contexto é que a assessoria de redação entra. Porém, vemos o que fazemos, não se trata de produzir o trabalho; trata-se de colher as ideias do autor e articular segundo os moldes acadêmicos. E isso é feito através de reescrita ou introdução de pequenas partes de textos e citações de livros no texto/rascunho apresentado pelo autor. E ele será o autor, pois quem define a estrutura geral da obra é ele, não o assessor. Trata-se de um trabalho, portanto, que exige envolvimento do interessado. Não dá para ele citar um tema e receber uma dissertação; pois nesse caso seria um falso trabalho do ponto de vista acadêmico e dificilmente o mesmo saberia sustentá-lo oralmente nas arguições próprias dessa ritualística universitária. Trata-se de um profissional para traduzir sua "tese", produzido na vida do trbalho, nos termos da Academia. 

O que implica por parte do assessor formação para além das Letras ou Jornalismo. Pois tal assessoria também implica em conhecer o coteúdo em desenvolvimento, pois vai além da mera escrita; da mera gramática. No meu caso, por exemplo, não vou muito além de alguns temas; concentro-me naqueles assuntos mais teóricos e filosóficos do direito, da psicologia; ou temas de ética e saúde. Devo excluir vários outros campos, pois não sou um gramático, mas filósofo e professor de Filosofia. 

Os críticos podem resumir minhas palavras à teses nada favoravéis. Asseverando que apresento falsos argumentos e que na verdade escrevo para o outro. Contrapondo a esse possível argumento um cojunto de outros. E vou além, afirmo que a ideia de educação individualizada parece ser algo de outro mundo; poucos conhecem tal tema; o qual me habilito por ser formado também em Pedagogia. Antes da Revolução Francea, para efeto de contexto, havia educação pessoal, ainda que restrita. É esse o conceito que faz a diferença do meu trabalho, meu projeto é de educação pessoal e não em massa; geral, etc. Ao atender e auxiliar a escrita de uma dissertação, mobilizo técnicas não de mera redação, mas de educação, de auxiliar à pessoa a articular de modo complexo ideias que serão formatadas no modelo de dissertação ou tese. 

Penso que a produção de relatórios ou discursos políticos se assentam sobre outras regras e que não são as mesmas da academia. Falar sobre a situacão política ou apresentar os resultados aos acionistas difere do espectro da produção de saber. Oferecer o mesmo serviço à pessoas do mundo corporativo, que de fato tem um saber prático, é vício de jornalístico que reduzem tudo ao jogo midiático. 

 

 

 

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