Valor da hora aula do professor particular

 



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Sim o meu valor hora aula é caro se comparado a média. Contudo, precisamos ser honestos e fazer algumas ponderações sobre a precificação da prestação de serviços. Temos uma cultura que alimenta uma fantasia da coisa de graça. Postura que no geral está vinculada à lógica da vida contemporânea do consumismo de coisas, objetos. O que coloca em cheque o consumo de serviços, já que o mesmo não produz um objeto, palpável. Paga-se pelo celular, pela capa de celular; a conta de celular, que apesar de produzir pulsos elétricos, está ali na fronteira da coisa e do serviço entra nessa por outro motivo. O grande público acaba por pagar valores altos de contas na medida em que o celular, como objeto físico, acaba por promover algo abstrato que é a conta.

Outro problema relevante na contratação de serviços, sobretudo de educação, é a falta de experiência. Ninguém na família ou entre amigos tem por hábito fazer, claro, realidade vinculadas às classes historicamente pobres. No setor dos “novos ricos”, a cada dia mais raros, poderá haver essa dificuldade de pagar por certos serviços, especialmente os educacionais, pelos mesmos motivos: falta de experiência histórica na família, ainda que exista os valores monetários para tal.  

Portanto, o estranhamento em contratar um professor pode advir do contexto cultural de consumo em que vivemos. Ter a mercadoria é a educação majoritária, logo, se confunde o “produto” cultural e espera que ele possa ser traduzido em objeto, não sendo, logo não se justifica para si obtê-lo.

Nesse contexto uma das preocupações que tenho é estabelecer os objetivos das aulas de Filosofia. Utilizo duas aulas gratuitas para construir isso com meus futuros alunos. Esse objetivo central deve ficar bem demarcado, delimitado. E frequentemente retomo ele para que o aluno sinta que há um percurso sendo feito; avanços ou paradas para digressões. Procuro propiciar um caminho que seja a todo tempo consciente. Enfim, meu esforço é exatamente significar meus serviços de professor de Filosofia em comparação com as regras sociais em que vivemos. Não procuro tornar filosofia um objeto, mas ela precisa relacionar com esse jogo posto e se construir nesse meio. Afinal, tanto eu quanto o aluno vivemos nessas circunstâncias.

 

 

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