Formação do Aprendiz Maçom 004
Símbolos Maçônicos
001 - Apresentação da proposta de formação
002 - Introdução
003 - Iniciação
004 - Símbolos
005 - Origem
006 - História da Maçonaria.
007 - Organização política e social
008 - Ritual
009 - Esoterismo
010 - Filosofia
011 - Instruções
Prof. Me. Cídio Lopes
Todo domingo às 20 horas, aula ao vivo.
https://zoom.us/j/8369794677
Hoje vamos valar dos símbolos maçônicos. No áudio aula e no texto abaixo.
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Hoje vamos valar dos símbolos maçônicos. No áudio aula e no texto abaixo.
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001 - 002 - 003
Régua, o Maço e o Cinzel
A Régua é um utensílio usado nas
Lojas Maçônicas e que simboliza a retidão dos princípios maçônicos e a retidão
da conduta que deve ser observado pelos Maçons. Portanto, trata-se do
seguinte expediente pedagógico. Para falar de algo da esfera moral, de como
agir na vida social, a maçonaria utiliza de
instrumentos vinculados à construção civil. Ela toma esses instrumentos e faz
uso deles em sentido metafórico, isto é, uma régua na sua função original é
para “traçar linhas retas”, fazer medidas, etc. Dessa qualidade da coisa, da régua, se faz um salto para coisas humanas.
Assim, régua que representa “um risco reto”, “um risco certo”, vira uma figura
metafórica para “retidão moral”, etc. E assim procede com todos os demais
utensílios. Todos são tomados em sentido metafórico.
Essa estratégia pedagogia funciona no sentido de ser fácil de fixação na
memoria das pessoas.
O presente trabalho, nas
linhas abaixo, será melhor compreendido por quem vivência um dado contexto. No
qual se faz a leitura de outros textos e se debate ideias
em torno das três palavras “Régua, Maço e Cinzel”, para o curioso em
geral, talvez soe faltando partes, o que é verdade, por pressupor que o leitor
já as tenha; participa do contexto desse texto. Um bom leitor, por outro lado,
consegue inferir os “sujeitos ocultos” do texto. A
leitura, porém, fluirá mais rápido e normal para quem habita o contexto desse
texto.
Posto essa ideia fundamental, em que se faz uso de um
objeto corriqueiro em sentido metafórico e que esse
texto implica na habitação do contexto que ele é
produzido, continuemos analisando os objetos aqui em
questão.
Todo Maçom deve observar
escrupulosamente o cumprimento das Leis que lhe são
impostas, ao menos esse é um culto, isto é, se diz isso sempre que
oportuno. Cumprir as Leis é um sinal de
obediência e de fazer corpo de uma
“sociabilidade” que congrega várias pessoas. A obediência conduz á ordem e, assim,
cumprir as Leis é uma forma de retidão. Por isto, a Régua simboliza o
meio de assegurar o cumprimento das normas do comportamento humano sem as quais não pode haver ordem. Estas normas
constituem o equilíbrio de todas as ações, assim elas consubstanciam uma medida
que pode ser avaliada pelos módulos da Régua.
Em Maçonaria usa-se a
Régua de 24 polegadas significando as 24 horas do dia,
estas 24 horas devem ser divididas pelo Mestre de Cerimônias, que é quem porta
a insígnia de Régua, em espaços iguais destinados ao trabalho, ao repouso, aos
exercícios físicos e mentais e a recreação.
A Régua de 24 polegadas
serve para medir e planear a obra: corresponde a
Sabedoria do Ven.’., que também a de medir e planear quando dirige os
trabalhos.
A Significação simbólica
nos ensina que quando no plano moral, o homem deve medir prudentemente os seus
planos de ação, deve medir e apreciar o contorno de suas ideias como se mede um
pedaço de pedra, para ter o conhecimento exato de seu
valor e de sua utilidade. Material, com espiritualidade, medir é
saber e o erro começa onde se perde o censo da medida.
Para Abelain a Régua é o
“Ouro dos Filósofos” simbolizando a “regularidade na
aplicação”. Palavra originada do latim “regula” ela, na Maçonaria, é tomada como símbolo
do infinito, eis que a linha reta não apresenta princípio e nem fim. Desta
forma podemos tê-la como símbolo do
“aperfeiçoamento constante, da
retidão, da lei, da moralidade e do dever.”
Por isso a Maçonaria não
impõe nenhum limite, é livre da investigação da verdade, e para garantir a todos essa
liberdade, ela exige de todos a maior
tolerância
O Maço representa a inteligência e
a razão que tornam o Maçom capaz de discernir o Bem do Mal, o Justo
do Injusto
“Utilizado para desferir golpes, tem relação com o lº Vig.’.
cuja qualidade é a força e cuja missão consiste na transmissão de energia. E para transmitir aos instrumentos a força de impulsão necessária à execução do trabalho. O Maço é o poder,
é a força. Qualquer que seja o sistema de impulsão adotado modernamente nos
labores do homem, ele se deriva da idéia primitiva do golpe. O Maço é a ação.”
“A tarefa do homem na vida, em síntese, tem como fim a
remoção e transformação da matéria; toda ação humana
se reduz a isso, quer no campo material, quer da esfera moral. Mover pedras e
terras para a construção de um edifício; mover
pensamentos e idéias, para a construção de um ideal; para mover pedras e terra é necessário
a impulsão muscular; para mover e transladar idéias, é necessária a impulsão
moral - ação, vontade, força espiritual.”
“Se, no plano físico, a Régua tivesse traçado as suas linhas e o Cinzel estivesse pronto para realizá-los na
pedra, mas faltasse força no braço do Obreiro, o trabalho conciencioso da Régua
e as qualidades de penetração do Cinzel de nada serviriam; a obra não seria
realizada.”
“O Maço é a impulsão que leva para
á frente, O Maço é a Energia.”
Não devemos confundir o
Malhete do Venerável Mestre com o Maço, porque o mesmo é o instrumento que o
neófito dá as primeiras pancadas na pedra bruta, a qual representa o Homem sem
instrução, áspero de caráter, por falta de
conhecimento e que mais obedece aos seus instintos do que a razão.
O cinzel é uma ferramenta
pontiaguda com a qual se esculpem as pedras por mais duras que sejam,
dando-lhes forma e modelo.
“Corresponde ao 2º Vig.’., porque como este representa o elemento da
Beleza, assim o Cinzel é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando linhas superficiais e
molduras, para o embelezamento do edifício.”
“Simbolicamente modela o espírito e a alma, de acordo com os
mandamentos da Sabedoria. Representa as nossas
faculdades morais e espirituais, subordinadas ao
nosso saber e à nossa prudência. Sem o desenvolvimento dessas forças o Maçom não poderia agir no meio que o circunda, nem
poderia dar feição à sua própria natureza.”
“Este Cinzel maçônico deve ter fio
e têmpera capazes de um esforço grande e tenaz, isto é, o Maçom deve ter
sentimentos generosos, mente sã, fé profunda, estoicismo e capacidade de sofrimento.”
Desde que o homem começou
a utilizar o cinzel foi, aos poucos, se aperfeiçoando em suas obras e puderam desta forma serem feitos: as construções, as
esculturas e as gravuras.
O serviço do cinzel pode
ser exemplificado pelas obras feitas pelos Egiptólogos a milênios de anos
atras, tais como: as pirâmides, os artefactos da tumba do Rei Tut, a esfinge, o monólito egípcio que esta exposto no
Museu Britânico, e a pedra Menfíta, que contem os mais antigos conceitos
humanos, e outros.
O cinzel além de poder
ser utilizado como ferramenta pode também ser um símbolo para se atingir a
perfeição do ser humano, estando por exemplo nas mãos
de obreiro que tenham bons princípios e costumes pode não ser construídas obras
de grandes relevâncias.
Nós aprendizes, recebemos
a pedra bruta, assim como os Egiptólogos, os escultores, etc., a recebiam para
modelar suas obras.
Podemos assim iniciar na
aprendizagem por bons princípios e costumes para atingirmos a perfeição, e
sermos úteis a humanidade. Deste modo, utilizando destes princípios podemos ter
a honra de pertencer a esta augusta e salutar sociedade.
Apresentação
Esse blog é apenas um blog. Não nos
confunda com alguma instituição. Trata-se de um blog mantido por um professor
de filosofia, que procura, através desse blog, divulgar conteúdos de filosofia,
essa mesma que se estuda na Escola de Ensino Médio ou nos anos iniciais das
Faculdades.
Nosso objeto de pesquisa em
filosofia é exatamente saber como aquelas escolas Antigas, lá da Grécia Antiga,
chegaram aos nossos dias. E ainda, como elas se mantém em nossos dias.
Certamente você leitor já ouviu falar de estoicos, epicuristas e pitagóricos? E
hoje, quais são as escolas filosóficas?
A tempo, verificamos que na internet ou
mesmo nas cidades do interior de Minas Gerais, a Maçonaria, depois das Igrejas,
tem presença discreta, mas ampla. Como escola filosófica é que a abordamos por
aqui. Seus textos e materiais são públicos, passíveis de leitura por aqueles
interessados; sendo eles participantes ou não. Claro, informação não é
formação. Portanto, qualquer leitor e pesquisador tem acesso ao que é
escrito por aqui.
Antes de passar ao texto que lhe trouxe
até aqui, você pode ainda ver outros textos relacionados. Todos irão lhe
auxiliar em muito na compreensão do assunto que lhe trouxe até aqui.
Com farta bibliografia.
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