Formação do Aprendiz Maçom 006

Aula sobre a História da Maçonaria.

001 - Apresentação da proposta de formação
002 - Introdução
003 - Iniciação
004 - Símbolos
005 - Origem
006 - História da Maçonaria.
007 - Organização política e social
008 - Ritual
009 - Esoterismo
010 - Filosofia
011 - Instruções

Novidade antes da aula:



A aula propriamente:




O texto abaixo aborda de modo mais resumido o que tratei na áudio aula. 

Qualquer dúvida pode nos escrever para bloggeradmin@amf3.org ou cidioalmeida@gmail.com


Aula 006 – História da Maçonaria.

A história é uma disciplina universitária. Sendo mais preciso, ela é considerada uma ciência ou campo específico das chamadas ciências sociais, portanto, por mais que possamos falar em história em sentido mais popular, temos que estar atento ao que é específico dessa área de saber. Tal atenção é necessária exatamente para que não façamos “achismos” sem notar que na verdade não passa de amadorismo querendo se passar por história.

Essa chamada de atenção é fundamental para se pensar o que é a história da maçonaria. Colecionar datas ou mesmo disputar narrativas pode não nos levar a nada. O mais sensato será procurar compreender os aspectos humanos que motivaram a constituição da sociedade no geral e no específico da maçonaria. Compreender essas dinâmicas, que é claro ocorreram em datas específicas, e transportá-las para nossos dias parece ser a melhor empreitada. Se foi num dia de verão ou de inverno... serão detalhes que devemos ir ajustando depois.

Seguindo o roteiro dessa Formação do Aprendiz Maçom, que é da autoria do Prof. Dr. Medson Janer da Silva, procuramos tratar dos temas da seguinte forma.

Resumidamente vamos a três tópicos da história da Maçonaria. Como ela é no contexto da Europa? Depois, com ela se desenvolveu e até massificou nos U.S.A.? E por fim, como a Maçonaria se faz presente no Brasil.

Na áudio-aula abordamos nessa estrutura de maneira um pouco mais ampla, comparado com esse breve texto. Aqui, diremos apenas que na Europa a maçonaria caracteriza por ser discreta. Considerando tanto as guerras religiosas, entre cristãos católicos e outros ditos protestantes, como as guerras políticas, seja no contexto dos Países Baixos (Holanda) ou Inglaterra ou na Revolução Francesa, a maçonaria constituída por pessoas desses contextos participou em vários lados. Pelo nome maçonaria nunca houve uma Instituição, mas várias. Em função dessas contradições a maçonaria sempre foi uma peça e não a “peça” desse jogo social. Sendo, em dado momento, uma inimiga da Igreja Católica, como de resto os protestantes.

A Maçonaria nesse cenário não era pomposa. Funcionava em porões ou nos sótãos de “botecos” ou tavernas. Era e foi uma atividade de maquinação de ideias que estava na base dos vários conflitos religiosos da Europa. Vale lembrar, conflito entre “irmãos de fé”. Era cristão contra cristão. O que contribui para nossa ideia de que havia várias maçonarias e não aquela pomposa que ganhou força nos Estados Unidos da América do Norte. Protagonista vitoriosa da Revolução Francesa e quase que a responsável pelo dístico “fraternidade, liberdade e igualdade”.

Passando para os cristãos protestantes da América do Norte, vulgo americanos (que desdenham as outras partes da América de fato), a Maçonaria teve outra história. No Norte os protestantes não viram problemas com essa sociabilidade. Talvez tinha em comum o desejo de construir uma sociedade fora do julgo da Igreja Católica. “Uma nova terra”.

O fato é que nos U.S.A. do Norte a Maçonaria tornou algo público. Com famosos políticos aparecendo em público com paramentos maçônicos, como edificações alusivas à Maçonaria, etc. Os “Templos” maçônicos são maiores e são edificações destacadas. Queria se mostrar que era maçom, e os prédios assim o faziam.

Não temos dúvida que aí ela ganhou seu contorno mais apropriado para uma organização oriunda das ideias iluministas. O cultivo do saber, da vida segundo a razão, das luzes. E tudo isso as claras, pois pensar não pode ser um perigo, a não ser para os que desejavam manter as pessoas ignorantes. Nesse contexto cultural, a maçonaria ganharia contornos públicos e políticos jamais vistos no velho continente. E foi promotora de uma cultura que hoje sem dúvidas é familiar a todos nós, até mesmo aos que utilizam a internet para nos difamar. A liberdade de imprensa, a liberdade de expressar ideias, etc., pode não ter sido bandeira exclusiva da Maçonaria, mas documentalmente ela foi uma defensora de tais ideais.

Desse contexto geral, chegamos ao Brasil. Aqui a maçonaria ainda é marcada pelos dois modelos. Existem marcas dos modelos oriundos da Europa e ao mesmo tempo do modelo Norte-americano. Como veremos na próxima aula, temos organizações que seguem nomenclaturas e estruturação funcional que teve origem na Europa, mas, por exemplo, adotou cores e o desejo de ser algo mais “exibido” como nos U.S.A. do Norte.




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