Postagens

Seria Freud maçon?

Imagem
Xibolete

Descartes nos pregou uma peça!

Sim, o velho Descartes no fez crer popularmente que "eu" sou apenas enquanto "penso que sou". E se penso, só penso o que é representado. Meu pensamento só funciona com imagens, representações, com formas. Res-cogita. Parece-nos, então, que falar de representação ou percepção sem consciência seja um absurdo. Mas e todo nosso inconsciente? nossos sistemas vitais, como coração respiração, porque eles funcionam independente de mim? 

Psicanálise e seus vizinhos: Empiriocriticismo e Convencionalismo

Ernst Mach, Henri Poincaré, Pierre Duhem "Toda a ciência tem o escopo de substituir, ou seja, de economizar, experiências por meio da reprodução e da antecipação de fatos no pensamento". (Ernst Mach) "O físico que renunciou a uma de suas hipóteses deveria estar [...] cheio de alegria, porque desta forma encontra uma inesperada ocasião de descoberta". (Henri Poincaré) "O físico não pode jamais submeter ao controle da experiência uma hipótese isolada, mas apenas todo um conjunto de hipóteses. Quando a experiência está em desacordo com suas previsões, ela lhe ensina que ao menos uma das hipóteses que constituem o conjunto é inaceitável e deve ser modificada, mas nõ lhe indica qual deverá ser mudada". (Pierre Duhem)

Representação sem Consciência, FREUD e LEIBNIZ

Parece uma questão estranha. Mas vamos lá. Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716) A Monadologia de 1714 "A ação essencial das mônada é a representação; sua atividade contínua consiste no esforço de realizar-se, representar-se a si mesma como consciência, adquirir sempre mais consciência daquilo que virtualmente contem em si mesma. As mônadas diferem também quanto à capacidade de representação. A forma mais primitiva, a percepção, compreende uma representação confusa e obscura de si mesma. A forma mais evoluída, a apercepção, consiste na representação clara e distinta de si mesma, ou consciente." FREUD I - Justificação do Inconsciente "Assim teremos razão para modificar a inferência sobre nossa própria pessoa: ela não demonstra uma segunda consciência em nós, mas sim a existência de atos psíquicos privados de consciência." (pag. 107. V. 12 - tradução de Paulo Cesar de Souza. Cia das Letras)

Memória

Quem já não fez um curso de mnemotécnica? Se o curso foi bem feito, você deve lembrar de algo? Afinal, era de lembranças o curso. rssss Enfim, com os "pc's e mac's" e as parafernalhas de coisas eletrônicas estamos perdendo a necessidade de pensar na memória. Aliás, já com a cultura da escrita, em substituição da cultura oral, essa perda de memória foi ganhando contornos. Esse distanciamento da memória pode ser posto junto com outros esquecimentos. O ser urbano não pensa, por exemplo, na importância das sementes. Isto mesmo, sementes de arroz, milho, feijão, tomate, etc.... A memória e seu esquecimento pode ser posta junta desses outros esquecimentos. Voltando no tempo temos alguns nomes importantes para a arte da memória. Mais recente temos Frances Yates, que nos remete a Giordano Bruno e toda uma história dessa arte. O Livro que sugiro para começo de leitura é "A Arte da Memória". Fances A. Yates. Trad. Flavia Bancher. São Paulo: Editora Unicamp.

Saber versus inveja

Qualquer iniciativa de disseminação do saber sofre com dois fantasmas. A inveja e a vulgarizaçao. Alguns movidos pela inveja apregoam que qualquer iniciativa é não só vulgar, mas profana. O saber nesse caso ganha contornos de sagrado e, portanto, deve ser mantido longe do lugares e pessoas não-sagradas. Contudo, tal vertente serve como esconderijo da inveja, como esconderijo do jogo de poder implícito no deter um saber-poder. Resta ainda o fantasma da vulgarização. Popularizar, falar mais fácil, fazer esqueminhas e, o maior terror, show-aula. Não sei o que é pior

Audiência do blog amf3

403.492 acessos.  Obrigado a todos.