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O que se estuda em Filosofia?

  Filosofia tem uma longa história. Precisamente algo em torno de 2500 anos, com seu início lá pelo século VI a.C ou a.e.c(antes das era comum).    Nesse esboço rápido, podemos então dizer que há 5 períodos dessa longa história. Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea.    Essa divisão é muito problemática e sintética, mas ela funciona como primeira coordenada.    Dentro dessa divisão aparecem os vários temas, assuntos da Filosofia. E aí entramos na Filosofia propriamente.    1) Entre os Gregos Clássicos, século VI - V, os temas da Filosofia Antiga foram basicamente os seguintes: - Física (Aristóteles, lembrando que “Da Alma” um tipo de pensamento psicológico fazia parte da Física). - Teoria do Conhecimento ou Epistemologia(como sabemos as coisas),  - Lógica (que não é matemática, mas tem relações estreitas) Ética e Política Retórica e Poetica 2) Na Filosofia Medieval podemos dispor assim os arranjos sobre o conhecimento: Triviu

Sexo virtual

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 Em França é comum se debater qualquer assunto, aliás, me parece que o francês fez uma substituição da religiosidade por esse hábito de conversar.    Entre os temas, dizem por aqui em Paris que o sexo virtual serviu para manter os casamentos. Precisamente os materiais pornográficos, no qual o consumidor, masculino e feminino, acessa com facilidade. Esse exercício de masturbação permite que não se procure, em primeiro momento, outros parceiros sexuais.    Se por uma lado é procedente essa reflexão, temos o lado nada positivo. A idealização ou mesmo a fantasia sexual ganha contornos nunca vistos. Se antes a sexualidade era retida nos rincões da subjetividade, hoje ela ganha, ainda que virtual, uma objetividade perigosa.  As fantasias que deveriam ser apenas fantasias acabam por tornarem-se práticas. A simulação virtual serve para dar vasão ao tema, mas ao mesmo tempo pode incentivar práticas sexuais nada sadias. Afinal, há vídeos de todos os tipos.   O interessante da discussão

Profissão de Filósofo

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     A Filosofia como campo do saber humano já existem a aproximadamente 2500 anos. Sócrates, Platão e Aristóteles deixaram suas ideias na Grécia do século V a.d.c (a.C.) e até hoje são lembrados, estudados, debatidos, negados, aceitos, etc. Contudo, parece-nos que pela primeira vez na história esse campo do saber será uma profissão.   Até o presente bastava ter escrito uma obra filosófica para ser filósofo. Mesmo com cursos regulares de Filosofia, prática já adotada pelos pré-socráticos ou na Academia fundada por Platão, nunca houve uma profissão de Filósofo.   O Filósofo ao longo dessa longa história fazia qualquer coisa para ter como comer, beber e morar. Alguns foram professores particular ou preceptor. Outros eram comerciantes, políticos. Herdeiros de fortunas.   Na modernidade esse quadro mudou um pouco e o filósofo passou a ser encontrado com frequência na função de professor de Filosofia. Kant e Hegel eram professores e depois deles tornou-se comum para quem estudava Fi

O que é uma escola? 

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  Se somos vínculos,   se a solução de Parmenides para o ser (sendo, se é), for acatada, o caráter de teia ou de vínculo de tensão, como determinação da identidade, decorre que uma escola não pode ser um prédio. A velha sala, as cadeira, a secretária, o quadro, giz… Uma escola para ser como tal, deve ser uma dada conformidade de relações, de tensões, de teias. O que determina se a escola é uma instância de formação humana é se a mesma tem redes de teias, capacidade de incluir a todos em circuitos de tensões e com isso, produzir situações humanos de ser, que é sendo nessa pura tensão.   Sendo, se é, e esse ser se exterioriza na existência. Nesse lançar na extensão, ex(fora) istire, por de pé, a materialidade entre nesse jogo de tensão; portanto, ocupa sim um lugar, mas exclusivamente na medida em que compõe essas tensões, esses vínculos.     Tal proposição rompe com o senso comum de que “somos" algo fixo, estanque, passível de ser “mexido" ali inerte. Esse estar, apartado da

O trabalho na cultura brasileira

 A Cultura Brasileira comporta elementos desejáveis e outros expurgáveis. Como terceiro ponto dessa tensão própria a qualquer cultura, temos Essa novidade nos põe diante a precarização das relações de trabalho e de um trabalhador sem as devidas maturidades  necessária para o fantástico mundo novo do crédito fácil. A conclusão são as péssimas condições do trabalhador formal. De um lado temos uma relação patrão empregada que guarda muito da relação rural  feudalista. O patrão se comporta como proprietário do trabalhador. Há um forte hierarquia valorativa na qual funções “menores” são associadas a pessoas também “menos pessoas”. O patrão se sente ontologicamente mais gente do que seus empregados. Quadro totalmente explicável quando retomarmos a história do Brasil Colônia, escravocrata,  e daí traçarmos uma história que facilmente chega a nós com a manutenção desse quadro. Os dois lados, patrão e empregado, no entanto tem um ponto comum. Ambos estão desatualizado da cultura apropriada pa

Procura de Emprego

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 E quando mesmo empregado o trabalho não lhe propicia as condições básicas de vida?  Toda época tem lá suas histórias "mitológicas". Mito aqui no sentido de faz de conta, que não é o único sentido para esse termo, mas serve bem para pensarmos que há narrativas que nos evolve em cada época da história da vida humana. E que nelas existem pontos que são mais escondidos do que postos as claras.  No nosso caso temos a ideia de que em nossos dias nunca sabemos tão bem sobre tudo. Afinal a internet está aí.  Esse é o primeiro ponto mítico de nossos dias. A internet está aí, mas sabemos pouco e assustadoramente sabemos menos que nossos avós da época do rádio.  De entre os vários pontos escondidos temos a precarização do trabalho. Com os modelos virtuais de contratação de mão de obra, notamos que podemos chegar ao fundo do poço. Avançamos como nunca na modalidade de tornar o trabalho remunerado o mais precário possível.  Ao ponto não só da renda ser  baixa, mas de você nem mesmo conse

Poesia em Platão

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