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O que é ser iniciado?

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Detalhe de edificação em frente ao Museu do Louvre - Paris/FR O termo pode ser aplicado a um domínio específico ou no geral. Iniciar algo, em sentido genérico, pode ser começar a fazer um curso ou aprender a ser padeiro. Em sentido mais restrito, podemos dizer que ser “batizado” em uma Igreja Cristã ou outra tradição religiosa se trate de um ato de iniciação. Porém, o termo tem tomado o sentido de ser alguém entendido em assuntos esotéricos. Mesmo o batizado das Igrejas Cristãs, talvez por ser a religião hegemônica, não carrega a ideia de iniciado. Em termos religiosos, não apenas esotéricos, iniciar-se ou ser iniciado é um estado pessoal. Uma condição espiritual que faz da pessoa iniciada um participante de uma realidade distinta da realidade dos demais seres humanos. É como se o iniciado participasse de uma realidade, existisse em uma realidade que pessoas não-iniciadas, mesmo estando fisicamente ao lado do iniciado, não participam. Existe duas

A Morte: O quê um filósofo tem a dizer dela?

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Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida Por onde começar? Essa é uma dúvida para quem decide tentar pensar um pouco o que é a morte. Pode-se, por exemplo, falar da vida ou dos tipos de vida que se quer levar, protelando, de certo modo, o tema que dá frio na coluna de todos os seres humanos vivos. Podemos encontrar longos tratados que procuram definir o que vida, pois em épocas de robótico essa preocupação toma a pauta na medida em que já estamos inventando a tal inteligência artificial. Porém, como falar da morte quando ela nos visita? Seja por uma questão da nossa própria saúde ou pela partida de um amigo ou parente, como abordar esse assunto evitado a todo custo? No mínimo é embaraçoso, afinal, além de um cérebro racional, nós filósofos e professores de filosofia, também somos dotados de afeto e, portanto, imerso nas mesmas questões existências que os demais humanos. Afinal, filósofo também morre. Para o teólogo e filósofo Leonardo Boff o afeto, al

Kora! Mas afinal, o que é kora?

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Pro. Me. Cídio Lopes de  Almeida Introdução Não é possível, sem prejuízo, definir Kora assim, “a queima roupa”. Apesar da necessidade que temos de lidar com o “que é”, kora nos escapa a essa pressão e somos obrigados a considerar a possibilidade de pensar em algo que vá além da prática ordinária de “nomear” a tudo e todos com a qual lidamos com a realidade.  Se a definição é boa para muitas coisas e temos o hábito de classificar, para o termo Khora é melhor não querer apreendê-lo já de imediato. O caráter plurívoco inerente ao termo, longe de querer pregar uma peça, contribui para podermos pensar a complexidade do real. Ademais, é proposital o caráter ‘escorregadio’ do termo, pois erigir espaço de cuidado de si em épocas do capitalismo de consumo requer reflexão complexa para não se sucumbir às contradições postas por esse modelo que reduz as demais dimensões humanas à lógica do mercado de consumo. O presente texto procura verificar na literatura filosóf