Nós! ibéricos.


Me parece que o modelo cultural ibérico contrapõe o anglicano na medida em que o simbolismo alegórico religioso encara, já desde muito tempo, um certo niilismo sobre o real e a verdade.
Essa geleia simbólica beirando ao infantilismo, próprio de uma religiosidade a qual o iluminismo tanto brigou, leva as pessoas a um tipo de vida não só dependente de um poder mágico, que no caso dos ibéricos a Eclésia o assumiu muito bem, mas de serem ineficientes na lide com o real. Se há uma positividade poética em que dado a sabedoria de um real que não existe a ser descoberto e que devemos criá-lo, há em termos de ordenação social efeitos nefastos. Esse ineficiência abre espaços diversos para articulações sociais totalmente ineficientes, injustas, etc. Sem falar da não colheita dos frutos de uma mentalidade tecnológica, que tem lá seus malefícios, mas que sua ausência também consiste em desastrosas formas de governabilidade.
Bem, simbolismo alegórico parecer ser uma predileção pelo fantástico, pelo mágico. Pela inércia da condição humana. Por uma vontade negativa da existência.  É tão pertinente isso que vamos encontrar portugueses espalhados por toda parte do mundo, menos em Portugal. Que tem um problema endêmico de evasão de pessoas. O mesmo se nota no Brasil, o melhor tá lá fora.  A percepção negativa da realidade que já foi “realizada” e não temos muito mais o que fazer. Já foi realizada lá no paraíso, lá nos primórdios. Enfim, o problema das Tradições em fazer a leitura do presente como decaído.

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