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Racismo epistemológico

Não bastasse o racismo direcionado a indivíduos de etnias específicas, que no nosso caso contemporâneo recai majoritariamente sobre negros e cores próximos a essa paleta, temos a instalação dessa idiotice do gênero humano em   vários outros âmbitos e que se somam ao racismo mais aviltante e tradicional do negro. Trata-se do racismo epistemológico. Tese amplamente sustentada se recorrermos a Nietzsche, Marcuse e Foucault. Autores que irão nos fornecer argumentos diversos em prol da tese de que o saber é antes de mais nada um reflexo ou projeção de poder. Mas não só os autores acima, podemos ainda retomarmos as críticas severas de Tobias Barreto, o intelectual pernambucano, que de várias formas tentou sacudir os cérebros nacionais para o problema da absorção da filosofia europeia. Nesse sentido, como já comentei em outro post, parece-nos normal falar de Filosofia Alemã, Filosofia Francesa, Pragmatismo Norte-Americano. Aliás, se verificarmos junto às instituições oficiais como a

A ambigüidade do simbolismo maçônico

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Sol - símbolo maçônico O simbolismo da maçonaria guarda uma ambigüidade. Se por um lado é um excelente método de ensino, pois quem não lembra da piada daquele professor legal que tivemos?   A simbólica maçônica até certo ponto adota o mesmo recurso didático, especialmente em um de seus materiais didático, convencionado ser chamado de Rito, que é o R.`.E.`.A.`.A.`.. Porém, como no caso das piadas daquele professor legal, com frequência lembramos das piadas, mas esquecemos o conteúdo. Ocorre, a meu ver, o mesmo na maçonaria. Não se consegue romper a barreira do emaranhado de metáforas e conectá-las ao discurso vigente. Se tomarmos o surgimento da Filosofia, como um jeito muito próprio de lidar com a vida, teremos algo parecido. Lá na Antiga Grécia, isto é, séculos VII e V a.C, portanto há mais de 2500 anos de história, houve um movimento cultural que rompeu com um jeito de ver a vida de modo fantástico para outro modelo. O   novo modelo é chamado de teorético . No dizer

CARTA ABERTA DO PRESIDENTE DO PARLAMENTO SÍRIO AO PRESIDENTE DO PARLAMENTO DOS EUA

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PARLAMENTO SÍRIO AO PRESIDENTE DO PARLAMENTO DOS EUA República Árabe da Síria – Assembleia Popular – Porta-Voz “Open Letter from Jihad AL-LAHHAM to Rep.John Boehner” [tradução de trabalho  da  Vila Vudu , para simples leitura, sem valor oficial ] N.   393 Damasco, 4 de setembro de 2013 Representante John Boehner Presidente da Câmara de Representates Câmara de Representantes Washington, DC 20515 Saudações. Anexo a essa carta uma CARTA ABERTA formal urgente assinada por mim, Presidente do Parlamento Sírio. Escrevo e envio em nome dos Membros da Assembleia do Povo Sírio. Essa instituição funciona sem interrupção desde que foi fundada em 1919. Com vistas ao debate crucial de hoje, sobre possível ataque pelos EUA ao nosso país, é vital que a carta anexa circule imediatamente entre todos os Membros do Congresso, antes do debate. Além disso, solicitamos, por favor, que leia a carta anexa nas etapas de abertura dos debates, para que se as

Cotas Raciais

O problema maior do racismo brasileiro é seu caráter difuso e dissimulado. A força de dissimulação nunca permite que exista um embate, que o discriminado consiga tomar consciência, consiga formular aquilo que Henrique Dussel chama de “pedido de justiça”. Neste sentido um negro sempre será desqualificado para entrar não só na graduação da USP, mas em qualquer pós-graduação, onde reina os brancos de classe média paulistana. A lorota é a de sempre, própria do racista, não é qualificado. Fico pensando se Milton Santos entraria no Doutorado em Geografia na USP, onde retornou já formado para ser professor. Junto com a marca da dissimulação e naturalização do racismo, temos ainda a incidência de outro racismo que é o de classe social. Certamente dado a origem das classes de mando serem lusitanas, fez-se sentir entre nós a ideia de seres nobres, que mandam e que há outros que executam, especialmente trabalhos manuais, mas não só. Pois em toda repartição pública podemos sent