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A desvalorização do professor enquanto cultura popular

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O Brasil vive hoje repercutindo muitas coisas mundiais. Não dá para fazermos afirmações sobre fenômenos sociais pensando que ele é só brasileiro. O bordão que diz “pais de m…” é uma mediocridade sob vários ângulos, sobretudo o de pensar que tal fenômeno seja só nosso.  É a globalização, especialmente dos problemas. Nesse sentido a figura do “professor”, especialmente do professor de educação básica, sofre diminuição e não é uma profissão almejada. Até quando lemos que lá na “Islândia, Filandia, Suécia, etc.” há maravilhas, penso que é preciso chegar as informações um pouco mais. Certamente comparando com o Brasil tudo fica mais amplificado, pois de fato temos uma base material desfavorável somada à base “auto-imagem” do brasileiro só poderemos ter resultados péssimos.  Mas naqueles países, uma espécie de projeção do paraíso para os brasileiros, a história é diferente e por isso os quadros podem ser mais favoráveis à figura do professor. Aqui, e depois falo deles, temos

Quando vamos para rua?

Penso que a cada dia que passa está claro que haverá um Golpe. É pressupor em demasia que todos os setores comprem as cenas montadas por Aécio e seus parceiros de mídia. Parece que ninguém desconfia e acredita nisso. Parece que ele vai mesmo "melhorar" o Brasil. Parece que foram eles que elevaram o PIB do Brasil para a casa dos trilhões(não foi no governo Lula; FHC aliás abaixou mais do que o Itamar). Lembro que José Serra em 2005 aqui em São Paulo fez o seguinte, logo em janeiro/fevereiro. Para acabar com um sistema de bilhete único, vale transporte, utilizou a fajuta desculpa que havia fraude. Por isso acabou com um recurso que ajuda o trabalhador. Essa desculpas continua hoje. A ideia de que o Judiciário é justo é uma balela. E ele não é partidário do PT. Estão buscando de todos os modos; Teremos muito em breve a possibilidade do TCU composto por ministros nada idôneos (é só lermos sobre um deles na Carta Capital) golpear o governo. Não importa a desculpa. Será de pre

Folha escancara seu apóio ao Golpe!

Nesse link  a reportagem da Folha finalmente da voz ao Golpe. O texto assinado pelos jornalistas Daniela Lima, Flávia Foreque e Natuza Neri, sinalizam com aqueles truques de citação de falas de terceiros que o golpe está a caminho. Não podemos esquecer que não só a Folha, como outros jornais, já fizeram algo parecido no Brasil. A aposta desta vez é que eles conseguirão quebrar a ordem Legal sem efeitos colaterais. Como foi no Paraguai recentemente e um Honduras com Manuel Zelaya. Não podemos esquecer que uma das ideias cogitadas por Aécio Neves foi a de baixar o salário mínimo. Não podemos mais ainda de outros dois fatos. Aqui em São Paulo Capital, onde a operadora de Eletricidade se chama "Eletropaulo" os aumentos tarifários esse ano passaram   40% (31 + 17) ; O outro fato é no Estado do Paraná, no qual entre outras coisas se preconizavam retirar um aposentado de um sistema de aposentadoria e colocá-lo noutro. Os exemplos são de atuais governos do PSDB, os que promete

#sexo e pecado

Sexo dá audiência, aliás desde muito tempo. Com a internet ainda muito mais. Outro tópico agregado a ao sexo são as "celebridades", fenômeno que já escrevemos aqui na tentativa de definir tal coisa. A pergunta que se faz é: qual conhecimento a internet divulga a todos? A tal revolução da internet é uma revolução? Qual o estatuto do saber? As pessoas sabem de fato algo útil na Internet? Desconfio que a internet não consegue promover o saber. Aliás, já escrevi nessa blog algo nesse sentido. Ela é um excelente instrumento, mas o ferro era utilizado para fazer guerra na Europa do ano 1000 e não para a agricultura. Só depois de um bom tempo é que se aplicou tal técnica à coisas mais nobres. Com a internet posso ler livros em bibliotecas européias, mas quantos fazemos isso?  O grande público está atrás da curtida do face, etc... em que sentido elas pensam por si? A prova disso são os acessos dos postes desse blog. Quando colocamos sexo é impressionante o aumento. Um dos pos

Esquerda ou direita?

Como definir em termos políticos uma posição? Se recorrermos aos temos esquerda e direita vemos que eles surgiram no contexto da revolução Francesa. Mas dizer que era pelo fato de um grupo ficar à esquerda de uma platéia define o que é ser político de esquerda? No cotidiano tal forma de definir e se dizer desse ou aquele lado parece usar esse expediente. Então digo que sou de direita e assim oriento minha ação de tal modo. Qualquer coisa que for proposta por alguém, logo lanço a pergunta: ele de qual lado? esquerda? então sou contra. Direita! então sou favorável. Sim, é simplista, mas é assim que as pessoas se comportam em matéria de política. É assim que as pessoas tem se comportado ao longo do dia; na conversa sobre a política. Definir a si por si, para ser algo difícil. O que a Filosofia evoca é exatamente sair desse lugar e fazer o difícil exercício de saber se definir por si e não na negação do outro. Eu sou esquerda não apenas por ser o contrário da direita. Quando me posi

#Ela merece apanhar?

Certamente o título nos remete a um absurdo. Sabemos que é corrente na cultura machista o bordão “ela mereceu” apanhar. Ou ainda, a mulher que põe uma roupa muito “curta" está esperando o quê? Isto é, ela está querendo ser assediada sexualmente.  Do caldeirão machista ainda teríamos mais. Porém, quero me ater apenas nesses dois temas, que podem ser reduzidos à um. A ideia de que a mulher seja um objeto “em função” do homem. O que a filosofia tem a propor a isso? Penso que o exercício de desmonte é uma contribuição que o filósofo tem a dar. Mostrar por onde se começa a descascar essa cebola. E creio que a primeira casca é a ideia “inconsciente”(semi-inconsciente) que habita o universo masculino de que a mulher é um objeto a seu dispor. Está implicado em “ela merece” o fato claro de que se concebe um ser em função do outro.  Essa submissão ontológica ( ôntico = ser ) é um “macho-centrismo” que não fica apenas no domínio do gênero. Ele é o mesmo que também coloca um

É possível se exercitar filosoficamente?

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(Evento gratuito de Filosofia como exercício.  https://eventioz.com.br/e/filosofia-como-exercicio   )  Filosofia  Em épocas de super-performances dos profissionais ligados à administração ou às finanças, meio no qual se multiplicam novas terminologias, falar de qualquer outro assunto nos põe desafios. O principal e de imediato é provar capaz e à altura de ser um tema relevante. O lugar que os temas da economia ocupam tem dimensões que podemos chamar de estelar. Contexto no qual os demais temas são ofuscados, chegando mesmo ao efeito de serem apagados pelo brilho da estrela dominante.  Desse modo, para começar a falar de Filosofia e da sua pertinência, faz se necessário um tipo de discurso de apresentação que, basicamente, coleciona argumentos sobre tal pertinência não só da Filosofia, mas de como ela pode interessar a vários tipos de pessoas. Por quais motivos alguém se daria ao trabalho de se ocupar desse tema que nem mesmo se apresenta no horizonte de cada dia.