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Ghost Writer ou escritor fantasma!

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 Do ponto de vista da Lei escrever para alguém, sendo um trabalho original, e deixar que a autoria fique com quem pagou o trabalho pode ser caracterizado como? Pela decisão de um Juiz (aqui)  parece que não é crime e não se inscreve na demanda de direito autoral. Afinal, o escritor fantasma/assessor ao permitir e receber pelo trabalho abre mão do direito de ser dono do artigo; ademais, escreve segundo demanda, o que então descaracteriza ser dono do tema e artigo produzido.  Para além da demanda de escritor fantasma, é possível, no âmbito de mestrado e doutorados, fazer algo diferente. É fato que muitos advogados ao se inserirem na dinâmica do mundo do trabalho perdem experiência nas regras da Academia. Contudo, sua experiência profissional tem algo a adicionar à reflexão do próprio Direito ou outros campos do saber; Nesse contexto é que a assessoria de redação entra. Porém, vemos o que fazemos, não se trata de produzir o trabalho; trata-se de colher as ideias do autor e articular segu

Humanismo e Renascimento

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 (Escola de Atenas - Rafael de Sansio 1509 - Vaticano) “O homem é a medida de todas as coisas” Protágoras   Introdução O presente texto pretende abordar um momento específico da longa história da Filosofia. Trata-se de um período de transição da Idade Média para a Modernidade. Como quase tudo em filosofia é suscetível de discussão, o início da Modernidade não ficaria de fora. Para efeitos de dar ordem ao início da conversa tomo o ano de 1500 como início da Modernidade. Associo também a figura do pensador René Descartes (1596 – 1650) a essa época.  Porém, esse período pode ser visto mais de perto, o que irá nos revelar outros pensadores e pensamentos. Como Pico dela Mirandola, Marsílio Ficino, Pleton, Agripa, Bruno e vários outros que cobrem um período histórico que vai de Cola de Rienzo(1304-1374) até um Kepler (1571-1630).  Ainda a título de introdução, vale ressaltar que as mudanças de épocas não se dão em apenas um âmbito. Nesse sentido pode-se dizer de modernidade nas artes,

Introdução ao Pensamento Ocidental(Filosofia)

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  Platão e Aristóteles: O início da Metafísica. "A alma que nunca contemplou a verdade não pode tomar a forma humana. A causa disso é a seguinte: É que a inteligência do homem deve se exercer segundo aquilo a que se chama Idéia; isto é, elevar-se da multiplicidade das sensações à unidade intelectual. Ora, esta faculdade não é mais que a recordação das Verdades Eternas que nossa alma contemplou quando acompanhou a alma divina em suas evoluções. (...) É somente fazendo bom uso dessas recordações que o homem se torna verdadeiramente perfeito, podendo receber em grau ótimo as consagrações dos Mistérios" PLATÃO, Fedro   Cídio Lopes     1. Começo de conversa Um curso de Introdução ao Pensamento Ocidental, como aqui pretendemos dar início, deve, logo de imediato, fazer algumas considerações preliminares que permita aos convidados a essa viagem conceitual se situar e ter em mente, já no início de nossa jornada, o que vamos fazer e o que não iremos fazer.  Não se trata de uma

Valor da hora aula do professor particular

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  Para aulas particulares 11 9 9551 4141 (Whatsapp) Sim o meu valor hora aula é caro se comparado a média. Contudo, precisamos ser honestos e fazer algumas ponderações sobre a precificação da prestação de serviços. Temos uma cultura que alimenta uma fantasia da coisa de graça. Postura que no geral está vinculada à lógica da vida contemporânea do consumismo de coisas, objetos. O que coloca em cheque o consumo de serviços, já que o mesmo não produz um objeto, palpável. Paga-se pelo celular, pela capa de celular; a conta de celular, que apesar de produzir pulsos elétricos, está ali na fronteira da coisa e do serviço entra nessa por outro motivo. O grande público acaba por pagar valores altos de contas na medida em que o celular, como objeto físico, acaba por promover algo abstrato que é a conta. Outro problema relevante na contratação de serviços, sobretudo de educação, é a falta de experiência. Ninguém na família ou entre amigos tem por hábito fazer, claro, realidade vinculadas às class

O que é ser iniciado?

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  O termo pode ser aplicado a um domínio específico ou no geral. Iniciar algo, em sentido genérico, pode ser começar a fazer um curso ou aprender a ser padeiro. Em sentido mais restrito, podemos dizer que ser “batizado” em uma Igreja Cristã ou outra tradição religiosa se trate de um ato de iniciação.    Porém, o termo tem tomado o sentido de ser alguém entendido em assuntos esotéricos. Mesmo o batizado das Igrejas Cristãs, talvez por ser a religião hegemônica, não carrega a ideia de iniciado.    Em termos religiosos, não apenas esotéricos, iniciar-se ou ser iniciado é um estado pessoal. Uma condição espiritual que faz da pessoa iniciada um participante de uma realidade distinta da realidade dos demais seres humanos. É como se o iniciado participasse de uma realidade, existisse em uma realidade que pessoas não-iniciadas, mesmo estando fisicamente ao lado do iniciado, não participam.    Existe duas possibilidades de pensar a Iniciação. Uma do ponto de vista da pessoa que é Iniciada

O que se estuda em Filosofia?

  Filosofia tem uma longa história. Precisamente algo em torno de 2500 anos, com seu início lá pelo século VI a.C ou a.e.c(antes das era comum).    Nesse esboço rápido, podemos então dizer que há 5 períodos dessa longa história. Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea.    Essa divisão é muito problemática e sintética, mas ela funciona como primeira coordenada.    Dentro dessa divisão aparecem os vários temas, assuntos da Filosofia. E aí entramos na Filosofia propriamente.    1) Entre os Gregos Clássicos, século VI - V, os temas da Filosofia Antiga foram basicamente os seguintes: - Física (Aristóteles, lembrando que “Da Alma” um tipo de pensamento psicológico fazia parte da Física). - Teoria do Conhecimento ou Epistemologia(como sabemos as coisas),  - Lógica (que não é matemática, mas tem relações estreitas) Ética e Política Retórica e Poetica 2) Na Filosofia Medieval podemos dispor assim os arranjos sobre o conhecimento: Triviu

Sexo virtual

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 Em França é comum se debater qualquer assunto, aliás, me parece que o francês fez uma substituição da religiosidade por esse hábito de conversar.    Entre os temas, dizem por aqui em Paris que o sexo virtual serviu para manter os casamentos. Precisamente os materiais pornográficos, no qual o consumidor, masculino e feminino, acessa com facilidade. Esse exercício de masturbação permite que não se procure, em primeiro momento, outros parceiros sexuais.    Se por uma lado é procedente essa reflexão, temos o lado nada positivo. A idealização ou mesmo a fantasia sexual ganha contornos nunca vistos. Se antes a sexualidade era retida nos rincões da subjetividade, hoje ela ganha, ainda que virtual, uma objetividade perigosa.  As fantasias que deveriam ser apenas fantasias acabam por tornarem-se práticas. A simulação virtual serve para dar vasão ao tema, mas ao mesmo tempo pode incentivar práticas sexuais nada sadias. Afinal, há vídeos de todos os tipos.   O interessante da discussão